PARA OS RÉUS, A LEI...
PARA OS INIMIGOS, XADREZ
PARA OS INIMIGOS, XADREZ
Quando se julga um réu, respeitam-se as leis processuais e a Constituição. Quando se julga um inimigo, vale tudo.
Um dos pontos fortes que mais pesou na inquisição do infeliz "suposto proprietário" do triplex do Guarujá, com absoluta certeza, foi a delação (realmente premiada) do ex-deputado federal pernambucano Pedro Corrêa (Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto - tão médico diagnosticador de propinas quanto Pallocci).
Quem foi, será!...
Sintetizo o que se captou nos meios de comunicação a respeito do ex-deputado federal Pedro Corrêa:
01 - ingressou na política em 1978, pela antiga ARENA, como deputado federal, sob o manto da ditadura militar; aliás, o partido que sempre desejou a cabeça de Lula;
02 - em 1980, em plena ditadura, seu partido mudou de sigla: "PDS - Partido Democrático Social" (social???...);
03 - em 1987, fase pós-ditadura, acontece nova mudança de sigla do seu partido: PFL - Partido da Frente Liberal;
04 - em 1985, fundou o PPB, um apêndice do PFL, que também logo mudou de sigla: PP - Partido Progressista e, ultimamente, apenas "Progressista";
Desde que o PL, partido mais implicado no mensalão, mudou para PR, depois para PRB, passei a desconfiar de que, intencionalmente, fica alguma (ou muita) coisa escondida por trás da antiga sigla ! . . .
05 - a sigla PP trouxe muita sorte, sob o comando de Pedro Corrêa; seu partido cresceu diante dos demais, ao ponto de, hoje (com o nome de Progressistas), estar situado, numérica e financeiramente, na proa do barco chamado Congresso Nacional; com certeza, por conta do seu ousado programa, a saber (revelação do próprio Pedro Correia):
- "Sem dinheiro não se faz política";
ora, ora, se continua na proa (apesar da lavajato) é porque amealhou enormes reservas!
"Quem foi será"...
De fato, e$$e é o caminho. Eduardo da Fonte (PP) foi o deputado federal mais votado na última eleição (2014), em PE, e era pública e notória a gastança desmedida em sua campanha (recursos próprios?).
06 - Lembro que o político Pedro Corrêa, a princípio, envolveu-se com o chamado "escândalo do mensalão" (quanto devolveu???); foi, por isso, cassado, em 15/03/2006, pelo plenário da Câmara dos Deputados;
07 - em 2013, o STF o condenou a nove anos e cinco meses de prisão, em regime fechado;
08 - em 2015, por envolvimento na "lavajato", o juiz Moro o condena a mais vinte anos e sete meses de prisão, também em regime fechado, por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
09 - nem deu tempo de devolver pelo menos um real ! Para livrar-se de tantos anos de degredo - e isso virou moda nos escritórios de advocacia - pede para fazer uma delação premiada, que, uma vez aceita, veio a ser homologada em agosto/2017;
10 - em sua delação - que, segundo o jornal Folha de São Paulo, de 25/03/2016, trouxe mais revelações do que prova documental -, com alguns despistes juridicamente estratégicos, atingiu:
- o ex-presidente Lula (principal alvo);
- Augusto Nardes (ministro do TCU e ex-deputado federal pelo PP, por sinal, desafeto de Pedro Corrêa quando este era presidente do partido);
- Andrea Neves, irmã de Aécio (acusada de movimentação financeira em favor dos tucanos);
- Fernando Henrique Cardoso (acusado de comprar votos a fim de lhe garantir a reeleição);
- Olavo Setúbal (representado pelo filho), presidente do Itaú, falecido em 2008 (acusado de entregar bilhetes aos deputados pró reeleição de FHC, orientando-os onde deveriam receber suas propinas em dólares);
11 - todos negaram - como era de se esperar - e se defenderam alegando absoluta falta de provas, argumento que foi aceito pelo juiz Moro; surpreendentemente, o mesmo juiz não aceitou o mesmíssimo argumento apresentado pela defesa do suposto proprietário do tríplex do Guarujá; dois pesos e duas medidas; Lula, como se vê, foi a salvação de Pedro Corrêa (ainda estaria encarcerado);
12 - Joaquim Silvério dos Reis, digo, Pedro Corrêia, foi cumprir uma fraçãozinha de sua pena em casa, no município de Brejo da Madre de Deus (PE) ou, confortavelmente, em seu apartamento no edif. La Buelere, no segundo jardim da praia de Boa Viagem, em Recife;
Em política não existe "mudança de hábito". Prevê-se novo derrame de muita grana (quanto o ex-deputado devolveu à Petrobras?) na campanha eleitoral deste ano, de vez que o "detento" Pedro Corrêa dá cobertura à campanha da filha - Aline Corrêa - para a Assembleia Legislativa de Pernambuco; a propósito, o nome de Aline foi publicado, em 23/09/2010, num e-mail do doleiro Youssef, incumbido de lhe repassar propina no valor de R$ 250 mil, quando ela foi eleita deputada em SP, pelo PP (do papai), de Campinas-SP (Blog de Jamildo - Fernando Rodrigues - UOL-NE10).
Resumo da delação premiada de Pedro Corrêa (Folha de São Paulo e O Globo, de 26/03/2016):
O1 - numa reunião em Palácio, Lula impôs ao presidente da Petrobras - José Eduardo Dutra (falecido) - o nome de Paulo Roberto da Costa para a Diretoria de Abastecimento;
Tanto Paulo Roberto da Costa quanto Nestor Cerveró - ex-diretor da Área Internacional da Petrobras - já disseram, perante testemunhas, desconhecer qualquer envolvimento do ex-presidente Lula em escândalos da Petrobras. O presidente da República apenas nomeia os presidentes das estatais; diretorias sempre estiveram nas mãos dos partidos da base governamental.
02 - citou como testemunhas:
- o ex-tesoureiro do PP, José Janenne (já falecido);
- o ex-ministro de Relações Internacionais, Aldo Rebello (que nega a acusação);
- o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (que nega a acusação);
- e o então líder do seu partido (PP), pernambucano Pedro Henry (único a confirmar a acusação);
03 - estrategicamente, defendendo suas "verdades", desafiou todas as autoridades judiciais:
"Não prendem Lula porque ninguém tem coragem".
O que importa num julgamento são as provas concretas. Diante delas a coragem é desnecessária.
No início, falei que o depoimento de Pedro Corrêa foi o de maior peso no processo contra Lula. O Brasil ouviu um desembargador do TRF-4 ELOGIAR o depoimento e a postura de Pedro Corrêa no processo contra Lula. Saberia ele da vida pregressa desse delator, ao votar?
Outro depoimento também digno de elogio foi o do sr. Afonso (ex-porteiro do edifício do tríplex do Guarujá). Filiado a um partido adversário do do condenado, já perdeu uma campanha para vereador em SP e, agora, dispõe de pano pras mangas na atual campanha. Por que não?!...
Se você, meu caro leitor, fosse um juiz imparcial, consideraria - como fundamentais para a sua sentença - depoimentos de dois (supostos?) verdadeiros adversários políticos de uma pessoa em julgamento? Qualquer pessoa?!...
Acrescento que políticos dividem as pessoas em duas classes: de um lado, seus instrumentos; do outro lado, seus inimigos.
Somente o fato de os dois acusadores serem políticos, e um juiz aceitar sem restrições seus depoimentos, garante-nos que, no caso Lula, não se julgou um RÉU, mas um INIMIGO político. É a lógica.
Um dos pontos fortes que mais pesou na inquisição do infeliz "suposto proprietário" do triplex do Guarujá, com absoluta certeza, foi a delação (realmente premiada) do ex-deputado federal pernambucano Pedro Corrêa (Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto - tão médico diagnosticador de propinas quanto Pallocci).
Quem foi, será!...
Sintetizo o que se captou nos meios de comunicação a respeito do ex-deputado federal Pedro Corrêa:
01 - ingressou na política em 1978, pela antiga ARENA, como deputado federal, sob o manto da ditadura militar; aliás, o partido que sempre desejou a cabeça de Lula;
02 - em 1980, em plena ditadura, seu partido mudou de sigla: "PDS - Partido Democrático Social" (social???...);
03 - em 1987, fase pós-ditadura, acontece nova mudança de sigla do seu partido: PFL - Partido da Frente Liberal;
04 - em 1985, fundou o PPB, um apêndice do PFL, que também logo mudou de sigla: PP - Partido Progressista e, ultimamente, apenas "Progressista";
Desde que o PL, partido mais implicado no mensalão, mudou para PR, depois para PRB, passei a desconfiar de que, intencionalmente, fica alguma (ou muita) coisa escondida por trás da antiga sigla ! . . .
05 - a sigla PP trouxe muita sorte, sob o comando de Pedro Corrêa; seu partido cresceu diante dos demais, ao ponto de, hoje (com o nome de Progressistas), estar situado, numérica e financeiramente, na proa do barco chamado Congresso Nacional; com certeza, por conta do seu ousado programa, a saber (revelação do próprio Pedro Correia):
- "Sem dinheiro não se faz política";
ora, ora, se continua na proa (apesar da lavajato) é porque amealhou enormes reservas!
"Quem foi será"...
De fato, e$$e é o caminho. Eduardo da Fonte (PP) foi o deputado federal mais votado na última eleição (2014), em PE, e era pública e notória a gastança desmedida em sua campanha (recursos próprios?).
06 - Lembro que o político Pedro Corrêa, a princípio, envolveu-se com o chamado "escândalo do mensalão" (quanto devolveu???); foi, por isso, cassado, em 15/03/2006, pelo plenário da Câmara dos Deputados;
07 - em 2013, o STF o condenou a nove anos e cinco meses de prisão, em regime fechado;
08 - em 2015, por envolvimento na "lavajato", o juiz Moro o condena a mais vinte anos e sete meses de prisão, também em regime fechado, por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
09 - nem deu tempo de devolver pelo menos um real ! Para livrar-se de tantos anos de degredo - e isso virou moda nos escritórios de advocacia - pede para fazer uma delação premiada, que, uma vez aceita, veio a ser homologada em agosto/2017;
10 - em sua delação - que, segundo o jornal Folha de São Paulo, de 25/03/2016, trouxe mais revelações do que prova documental -, com alguns despistes juridicamente estratégicos, atingiu:
- o ex-presidente Lula (principal alvo);
- Augusto Nardes (ministro do TCU e ex-deputado federal pelo PP, por sinal, desafeto de Pedro Corrêa quando este era presidente do partido);
- Andrea Neves, irmã de Aécio (acusada de movimentação financeira em favor dos tucanos);
- Fernando Henrique Cardoso (acusado de comprar votos a fim de lhe garantir a reeleição);
- Olavo Setúbal (representado pelo filho), presidente do Itaú, falecido em 2008 (acusado de entregar bilhetes aos deputados pró reeleição de FHC, orientando-os onde deveriam receber suas propinas em dólares);
11 - todos negaram - como era de se esperar - e se defenderam alegando absoluta falta de provas, argumento que foi aceito pelo juiz Moro; surpreendentemente, o mesmo juiz não aceitou o mesmíssimo argumento apresentado pela defesa do suposto proprietário do tríplex do Guarujá; dois pesos e duas medidas; Lula, como se vê, foi a salvação de Pedro Corrêa (ainda estaria encarcerado);
12 - Joaquim Silvério dos Reis, digo, Pedro Corrêia, foi cumprir uma fraçãozinha de sua pena em casa, no município de Brejo da Madre de Deus (PE) ou, confortavelmente, em seu apartamento no edif. La Buelere, no segundo jardim da praia de Boa Viagem, em Recife;
Em política não existe "mudança de hábito". Prevê-se novo derrame de muita grana (quanto o ex-deputado devolveu à Petrobras?) na campanha eleitoral deste ano, de vez que o "detento" Pedro Corrêa dá cobertura à campanha da filha - Aline Corrêa - para a Assembleia Legislativa de Pernambuco; a propósito, o nome de Aline foi publicado, em 23/09/2010, num e-mail do doleiro Youssef, incumbido de lhe repassar propina no valor de R$ 250 mil, quando ela foi eleita deputada em SP, pelo PP (do papai), de Campinas-SP (Blog de Jamildo - Fernando Rodrigues - UOL-NE10).
Resumo da delação premiada de Pedro Corrêa (Folha de São Paulo e O Globo, de 26/03/2016):
O1 - numa reunião em Palácio, Lula impôs ao presidente da Petrobras - José Eduardo Dutra (falecido) - o nome de Paulo Roberto da Costa para a Diretoria de Abastecimento;
Tanto Paulo Roberto da Costa quanto Nestor Cerveró - ex-diretor da Área Internacional da Petrobras - já disseram, perante testemunhas, desconhecer qualquer envolvimento do ex-presidente Lula em escândalos da Petrobras. O presidente da República apenas nomeia os presidentes das estatais; diretorias sempre estiveram nas mãos dos partidos da base governamental.
02 - citou como testemunhas:
- o ex-tesoureiro do PP, José Janenne (já falecido);
- o ex-ministro de Relações Internacionais, Aldo Rebello (que nega a acusação);
- o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (que nega a acusação);
- e o então líder do seu partido (PP), pernambucano Pedro Henry (único a confirmar a acusação);
03 - estrategicamente, defendendo suas "verdades", desafiou todas as autoridades judiciais:
"Não prendem Lula porque ninguém tem coragem".
O que importa num julgamento são as provas concretas. Diante delas a coragem é desnecessária.
No início, falei que o depoimento de Pedro Corrêa foi o de maior peso no processo contra Lula. O Brasil ouviu um desembargador do TRF-4 ELOGIAR o depoimento e a postura de Pedro Corrêa no processo contra Lula. Saberia ele da vida pregressa desse delator, ao votar?
Outro depoimento também digno de elogio foi o do sr. Afonso (ex-porteiro do edifício do tríplex do Guarujá). Filiado a um partido adversário do do condenado, já perdeu uma campanha para vereador em SP e, agora, dispõe de pano pras mangas na atual campanha. Por que não?!...
Se você, meu caro leitor, fosse um juiz imparcial, consideraria - como fundamentais para a sua sentença - depoimentos de dois (supostos?) verdadeiros adversários políticos de uma pessoa em julgamento? Qualquer pessoa?!...
Acrescento que políticos dividem as pessoas em duas classes: de um lado, seus instrumentos; do outro lado, seus inimigos.
Somente o fato de os dois acusadores serem políticos, e um juiz aceitar sem restrições seus depoimentos, garante-nos que, no caso Lula, não se julgou um RÉU, mas um INIMIGO político. É a lógica.
A ética e a moral orientam os cidadãos a serem imparciais em todos os seus atos.
(fernandoafreire)
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Para o texto: Os advogados de Lula aceitaram regras espúrias (T6315407)
De: Edgley Gonçalves
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