A MORTE DA ALMA DÓI MAIS QUE A DO CORPO
Entendo as pessoas que acabam com sua trajetória. Matam o corpo, por não suportar tanta dor. Mas elas não são covardes, elas querem muito viver, porém não encontram mais uma maneira de fazê-lo. E acabam consigo mesmo e não com o outro.
O que eu não entendo são pessoas que matam sentimentos e possibilidades de serem felizes porque estão carregando a pesada mochila do passado, se agarram a ela, se alimentam dos arrependimentos dos erros cometidos, se nutrem das tristezas, das coisas que não fizeram quando era o momento.
Nunca consegui entender, esses que eu chamo de covardes. Pessoas assim são armadilhas perigosas, estão espalhadas pelo mundo, encontrando suas vítimas, iludindo, envolvendo e quando surge sentimento eles despejam aquela velha ladainha destrutiva, de que eles não têm nada a oferecer, que têm medo de se relacionar, de que têm problemas com seus passados... e mais uma infinidade de desculpas para bloquear o amor que vem em direção deles.
O que esses seres não percebem é que a outra pessoa sofre, que a outra pessoa quer amar, cuidar, ajudar... mas eles são tão egoístas que só conseguem ver seus próprios umbigos.
E o egoísta acaba sozinho, ferindo pessoas com os cacos do seu coração de vidro, que quebraram em algum momento do passado.
Eu tive a infelicidade de conhecer duas pessoas assim, acabaram com meu coração e acabo me tornando o que mais desprezo: alguém igual a eles.