INTELIGÊNCIA PEQUENA.

A inteligência é pequena para explicar a vida e imensamente limitada para entender a morte. Por isso essa permanente e abrangente procura de muitas angulações.

Nada que ocorre sob o sol foge de uma razão da criação e só a simplicidade que reconhece sua impossibilidade de ir além de intimidados dons, pode aceitar com serenidade a bela passagem que se faz em matéria, e se explica pelo curso da natureza, embora a despedida seja sempre traumática. É a inevitabilidade.

Não sabemos nós, os que conhecem sua estatura pequena e as variantes humanas, de nada além da fé nas questões transcendentais. Fé dos vários credos. Ou se fica na fragmentação da partícula e do pó, evolucionismo, ou se persegue a luz azul que descerra o infinito eterno, criacionismo. Neste há um maior conforto. Esse outro lado de nosso invólucro só a idiotia nega, e 95% da população mundial reside nessa esmagadora maioria.

Há um esforço imenso de todos para demover essas barreiras fortificadas pela mística, sem resultado, contudo. Da mesma forma como não conheceram os grandes do pensamento humano, inúmeros de nota e nomeada, aos quais nem de longe nos aproximamos em apreensão. Só não conhece a dimensão do quanto somos pequenos os pequenos demais.

Não se perde o que não se tem, não era nosso, fique claro, e nada além do imaginário retemos, é o que nos sobra, e quem tem a pretensa onisciência sofre sem maiores percepções por falta de avaliação. É o sofrimento por não entender o que não está disponível para si, perseguindo o que não lhe foi dado sem sedimentação razoável, e isso passa despercebido. Mas é o massacre e moléstia do pensamento. É a perda do invisível que se quer visível, mais intensa do que a perda material que está em todos os lugares.

Essa perda material se relaciona com o imaginário na própria falta de acesso.É concreto. É o predicado do sujeito oculto. Mais difícil se torna, mergulhar na história, ouvi-la, fazê-la seletiva em hipóteses que não esclarecem absolutamente nada.

Dispersão, desrazão, desencontro, disformidade, desavindos, templos e homens, estes mentores daqueles, tenazes para a crueldade em tempos longevos, pedra de igrejas de muitos nomes e muros, alavanca do Poder Temporal, desacreditado.

De tudo resta a única certeza, uma Lei Moral que traz paz aos conscientes que acatam suas normas, Jesus de Nazaré.

Ele se disse Filho de Um Deus que se elege pela fé. É o que cabe no universo dessas questões. E acima de tudo continua resplandecendo o nome de sua mãe, de tantos fenômenos que se fizeram visíveis.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/04/2018
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