CRÔNICA PARA MULHERES
Domingo é dia de comer fora ou fazer uma comida diferente. Como, já como fora todo dia e diferente é eu cozinhar, não preciso cozinhar diferente, certo? Pois bem, foi assim que ficou muito gostoso meu arroz com chuchu, minha carne moída com cebolinhas e minha banana da terra frita no azeite.
Enquanto lavava as vasilhas e terminava o ultimo gole do vinho que não deveria estar tomando, sorri para o rótulo que dizia Periquita. Depois me lembrei que deveria tomar um colágeno chamado Firmalize. Aproveitei a tomada de remédio e foi junto uma cápsula de vitamina 3 D. Por que não um cálcio? Tudo já foi receitado, mesmo!
Um dia uma doutora que muito admiro disse, que quanto menos atividades físicas fazemos, mais remédios tomaremos no futuro. Ela é uma ginecologista. Falarei bem da minha dermatologista depois que der certo o tratamento que estou fazendo para diminuir as manchas do meu rosto. Devo estar com alma leve. Hoje passei até o Hydraporin; creme corporal que ela receitou.
A este texto, darei o nome de crônica para mulheres. Não precisam possuir problemas crônicos com dores ou sem dores ou possuir pensamentos agudos. Mas todas, sem pular nenhuma, passarão por essa fase de receitas, precauções, prevenções, exames para verificar isso ou aquilo. E todas, hora ou outra irão para o fogão fazer qualquer coisa melhor que as que eu faço.
Nenhuma mulher depois dos cinquenta estranharia perguntas tipo: como vai o joelho, a perna, a coluna, o botox, o... e principalmente, não se sentirão entediadas lendo estas linhas.