A MORTE É A IMAGINAÇÃO DE QUEM NÃO ENXERGA A VIDA
O homem, sobre quem se imputa culpa pela sua própria extinção, e até os que são considerados santos, sagrados, consagrados, morrem. Temem morrer. Alguns mais que outros; outros menos, outros nem se lembram tanto dessa possibilidade certa. Existem os que não acreditam.
Na existência humana, das paixões, dos vícios, das doenças, do bem e do mal, o que controla esse relógio paranormal não é senão a sensação de saber que desapareceremos a qualquer momento. Felizes daqueles que não possuem essa ideia como baliza precipitadora; ou seja, que não vivem com pensamentos fixos nessa esfinge. Apesar da foice da morte cortar os pescoços humanos a todo instante, é exatamente esse paradoxo que deve esconder, obnubilar sua imagem de nossas vidas. Se existe uma vida, uma longa vida, se existe o raciocínio, a inteligência, se existe o palpável e possível a todas as pessoas, por que a responsabilidade em se importar com uma transcendentalidade incerta? Por que devemos sofrer por brevidades que nem se cumpriram ainda? Qual motivo leva os humanos a se preocuparem mais com a incerteza correspondente a uma vida-além-morte, e se esquivar das maravilhas disponíveis da vida em si? Muitos falam num desapego material; das coisas materiais... desapego de quê?! Da felicidade? Do amor? Do sexo? Da diversão? Da cultura? Da arte? Da música? Desapego em conhecer algo do mundo tangível, que porventura torna-se improvável, impossível ou até impuro, por estar implícito e coberto por dezenas de regras que ultrapassam as barreiras da aceitação da vida? Por que negar as experiências do dia a dia, aquelas que fazem bem, a depender da conveniência de cada pessoa? A vida é o espaço dedicado justamente para se experimentar: A vida é o palco do homem. Como saber notícias sobre a morte se ela só nos aparece sem ser convidada? E aqueles aos quais ela leva consigo, jamais são vistos. Desta forma, devemos duvidar de um mundo desconhecido – pode ser que seja um mundo tão maravilhoso onde jamais ninguém tenha tido vontade de viver novamente, mas simplesmente o óbvio da decomposição rasteira da terra seca, da raiz das plantas malditas e do alimento dos parasitas bilionários acabou com todas as dúvidas sobre tal assunto.
Aqueles que já estiveram bem perto de morrer, podem responder muitas questões a respeito do que é a felicidade e sobre a tristeza; otimismo e pessimismo; o sofrimento e o alívio por consequência da presença de um mundo de negação.
As pessoas são justas? Sujas? Honestas? Boas? Más? Complacentes? Condescendentes? São ressentidas? São preconceituosas? Sim, as pessoas são tudo isso, sim, são e podem ser ainda mais, mas não cabe aqui perceber perfis patológicos.
Qual morte pode ser mais dolorosa? Aquela, que deveras esperamos ao passar dos anos, contanto pelo enorme xale costurado pelos dedos anciãos e pacientes do Tempo? Ou a que é quebrada repentinamente pela ampulheta que se encontrava em cima do armário e derrubada por imprudência?
Muitas mortes são prematuras e não conseguimos compreender o porquê de tantos jovens sóbrios irem antes de patéticos velhos que já não fazem valer os seus dias. A questão é que a vida não é definida por anos vividos, anos conquistados - o significado da vida é o nosso legado sobre ela, é quanto podemos extrair em todos os momentos, de todos as situações – boas ou ruins. A vida da gente é o acontecimento súbito que nos parece impossível de se solucionar e faz com que nos multipliquemos para chegarmos ao objetivo e no fim de tudo, nos olharmos, exaustos, e não receber o reconhecimento de ninguém, mas mesmo assim continuar insistindo... porque a vida é um eterno mecanismo cíclico onde estamos encaixados e se pararmos seremos sugados para dentro desse monstro.
Por isso, temos que entender que a vida é efêmera, rápida, transitória, em milhas, não em quilômetros, ela não anda a menos de 100, ela voa além da barreira do som e se não andarmos juntos, uma outra geração virá reclamar esse espaço que não se desenvolve.
Um adeus à morte! Quando ela chegar próximo a mim oferecer-lhe-ei um contrato: “Quando eu realmente entender o verdadeiro significado da vida ela poderá vir me buscar.”
https://br.pinterest.com/pin/613826624186693059/
Na existência humana, das paixões, dos vícios, das doenças, do bem e do mal, o que controla esse relógio paranormal não é senão a sensação de saber que desapareceremos a qualquer momento. Felizes daqueles que não possuem essa ideia como baliza precipitadora; ou seja, que não vivem com pensamentos fixos nessa esfinge. Apesar da foice da morte cortar os pescoços humanos a todo instante, é exatamente esse paradoxo que deve esconder, obnubilar sua imagem de nossas vidas. Se existe uma vida, uma longa vida, se existe o raciocínio, a inteligência, se existe o palpável e possível a todas as pessoas, por que a responsabilidade em se importar com uma transcendentalidade incerta? Por que devemos sofrer por brevidades que nem se cumpriram ainda? Qual motivo leva os humanos a se preocuparem mais com a incerteza correspondente a uma vida-além-morte, e se esquivar das maravilhas disponíveis da vida em si? Muitos falam num desapego material; das coisas materiais... desapego de quê?! Da felicidade? Do amor? Do sexo? Da diversão? Da cultura? Da arte? Da música? Desapego em conhecer algo do mundo tangível, que porventura torna-se improvável, impossível ou até impuro, por estar implícito e coberto por dezenas de regras que ultrapassam as barreiras da aceitação da vida? Por que negar as experiências do dia a dia, aquelas que fazem bem, a depender da conveniência de cada pessoa? A vida é o espaço dedicado justamente para se experimentar: A vida é o palco do homem. Como saber notícias sobre a morte se ela só nos aparece sem ser convidada? E aqueles aos quais ela leva consigo, jamais são vistos. Desta forma, devemos duvidar de um mundo desconhecido – pode ser que seja um mundo tão maravilhoso onde jamais ninguém tenha tido vontade de viver novamente, mas simplesmente o óbvio da decomposição rasteira da terra seca, da raiz das plantas malditas e do alimento dos parasitas bilionários acabou com todas as dúvidas sobre tal assunto.
Aqueles que já estiveram bem perto de morrer, podem responder muitas questões a respeito do que é a felicidade e sobre a tristeza; otimismo e pessimismo; o sofrimento e o alívio por consequência da presença de um mundo de negação.
As pessoas são justas? Sujas? Honestas? Boas? Más? Complacentes? Condescendentes? São ressentidas? São preconceituosas? Sim, as pessoas são tudo isso, sim, são e podem ser ainda mais, mas não cabe aqui perceber perfis patológicos.
Qual morte pode ser mais dolorosa? Aquela, que deveras esperamos ao passar dos anos, contanto pelo enorme xale costurado pelos dedos anciãos e pacientes do Tempo? Ou a que é quebrada repentinamente pela ampulheta que se encontrava em cima do armário e derrubada por imprudência?
Muitas mortes são prematuras e não conseguimos compreender o porquê de tantos jovens sóbrios irem antes de patéticos velhos que já não fazem valer os seus dias. A questão é que a vida não é definida por anos vividos, anos conquistados - o significado da vida é o nosso legado sobre ela, é quanto podemos extrair em todos os momentos, de todos as situações – boas ou ruins. A vida da gente é o acontecimento súbito que nos parece impossível de se solucionar e faz com que nos multipliquemos para chegarmos ao objetivo e no fim de tudo, nos olharmos, exaustos, e não receber o reconhecimento de ninguém, mas mesmo assim continuar insistindo... porque a vida é um eterno mecanismo cíclico onde estamos encaixados e se pararmos seremos sugados para dentro desse monstro.
Por isso, temos que entender que a vida é efêmera, rápida, transitória, em milhas, não em quilômetros, ela não anda a menos de 100, ela voa além da barreira do som e se não andarmos juntos, uma outra geração virá reclamar esse espaço que não se desenvolve.
Um adeus à morte! Quando ela chegar próximo a mim oferecer-lhe-ei um contrato: “Quando eu realmente entender o verdadeiro significado da vida ela poderá vir me buscar.”
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