CADA UM PAGARÁ SUA PENA.

Questiúnculas de somenos são levantadas nesse grande veículo de comunicação, nada igual. Movimentam cabeças sem fiel de balança. Aprecio o que nos é servido, de religião, filosofia e política partidária. Um banquete de semiologia.

Todos precisam ter acesso ao mundo, pobres, ricos, remediados, inteligentes, sofríveis em entendimento e compreensão, embotados; todos.

Encontrou-se um meio, a internet, a antena. Nada igual, ele caminha na rua, invade locais de espera, restaurantes, etc.

O mundo será todo digital, ainda é em parte, no Japão beira o todo.

A internet tirou da depressão muitos, conheço alguns que sobrevivem por causa da internet, reclusos, é a motivação, exclusiva. Do ócio absoluto foram libertados outros tantos, passaram a frequentar o mundo, as gentes, serem reconhecidos e principalmente ouvidos, saberem os outros que existem. Da imbecilidade surgiu um acentuado número até então recôndito, circulam na ignorância na medida certa para avaliação, sem receios de negar a evidência ou formarem exércitos dos desencontros históricos, evidentemente desconhecidos por ausência de educação suficiente.

É assim o mundo, precisa ser ouvido, são todos humanos, todos querem e necessitam serem ouvidos, mesmo criticados ou não amados, e hoje todos são lançados na antena, para a ironia, o humor, a indiferença ou para a imbecilidade de que nos falou o desaparecido Umberto Ecco, o grande semiólogo contemporâneo desaparecido recentemente. Para análise, enfim, todos devem ser recepcionados. A comunicação em ciência do direito é híbrida constitucionalmente, direito de se comunicar e direito do outro lado de recepcionar a comunicação. Por isso tanto se fala em direito de expressão sem conhecer sua raiz. Não se pode colocar freio na recepção, aliás o que se faz aqui, censura prévia.

A semiologia é uma das ciências que integram o estudo da comunicação, tem o encargo de analisar variados símbolos e signos da órbita de criatividade do ser humano para comunicar-se. Se vale da faculdade desses elementos para chegar ao conhecimento que pretende alcançar.

Ao comunicar-se o ser humano disponibiliza símbolos e sinais que são os meios para projetar algum tipo de mensagem

Tanto ao falar como ao escrever assim como ao estabelecer imagens como símbolos, o homem publica uma mensagem para comunicar-se. Inclusive as palavras são constituídas por símbolos, no caso as letras, permitindo a ideia de permanecê-las na memória da pessoa e assim serem transmitidas para o exterior do escrito ou da fala. Não só letras,mas todo o simbolismo de imagens. Por uma imagem sem mensagem escrita chega-se ao conteúdo.

É nesse palco que vive o mundo, a internet hoje é uma redenção, a tal ponto que se torna um preso quem não pode usá-la, como em Cuba. Preso de suas ideias que quer comunicar, de como é sua vida que pretende inserir para ser ouvido na sociedade que integra.

Isso importa muito e importa pouco para alguns.

Os que vivem mais para seus interiores conhecem sua luz que não se apaga e nunca se apagará, voltará para a eternidade, e tudo que fizer por aqui só a si interessa como labaredas para seu inferno ou dádivas para o céu que já vive.

Funciona assim, queiram ou não as mentes propulsoras de “logos” extravagantes.

Que importa se atirar em ideias que vão passar e defendê-las como suas vidas se nem essa vida nos pertence? Que ideais são esses que aprisionam ideias, matam crianças, torturam pessoas, e distribuem amor em parcelas pequenas de trocas.

Todos pagarão suas penas pelo que se é e se foi.

A quem estava entregue o nosso país, reflita-se, presos, líderes de primeira linha e ainda respondendo outros processos, de grande magnitude desvios em importância de números.

Principais e acessórios na varredura, agora chegam os que estavam aguardando a vez. Não há distinção, pagarão todos.

As penas “in abstrato” ditadas pelos homens, todos pagarão "in concreto", dosimetria, não tenho dúvidas, e pagarão a pena maior que está dentro de cada um pelo que fizeram.JÁ PAGAM NA ATORMENTADA SITUAÇÃO EM QUE VIVEM. ESTA A GRANDE PUNIÇÃO. Não há a luz interior que se encaminha para a eternidade, só as sombras que já habitam para quando do fechamento desse plano sem paz.

E muitos ficam a se esgrimir por essas inclinações mais fugazes do que tolas, fazendo sinonímia com a adjetivação de Umberto Ecco, em bandos de enfrentamento que não serão servidos a não ser por penas também, a de não abrirem as portas para entrada, que seja, de uma pequenina luz.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/04/2018
Reeditado em 21/04/2018
Código do texto: T6314935
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