Quero esquecer o trabalho que deu esta crônica
Temos um tema: beleza! Só não me disseram que era um divagar no tempo e no espaço. Um sem fim de ocasiões em que o tema se encaixa e com limite de espaço físico. Estabeleci dezoito títulos e não conseguia escolher, pois todos eram sugestivos. Aí vem a ideia: escrevo umas dez ou doze e escolho a melhor. Continuo achando todas publicáveis, mas ainda não sei qual usar. Talvez aqueles que foram desprezados funcionassem melhor. Lá vou eu rever meus outros títulos. Escrevo mais três e o dilema continua. Vou dormir, mas o sono não chega num cérebro em dúvida. Talvez a criação de um novo tema despertasse um resultado melhor. Algo fora do cotidiano, como esquecer um desconforto, só que nada me incomoda e de tudo eu tiro uma crônica, então nada me abate o ânimo. Escrever é um prazer e se o conteúdo não tem suspiros de felicidade não importa, porque serviu para ser desenrolado em palavras e, de preferência, o mais resumido possível.
Pensando melhor, não quero esquecer o trabalho que deu esta crônica. Lembranças não devem ser esquecidas, sejam elas quais forem. No final, tudo o que se vive vale a pena, pois a maioria é aprendizado, os fatos tristes são lição de vida, momentos difíceis nos deixam mais forte. Acontecimentos envolvendo nossa ingenuidade nos fazem evoluir e ainda rir de certos “micos”. Se hoje estou numa certa idade que os jovens educados chamam de “experiente”, sinto que deveria ter sido assim , com a cabeça que tenho agora, a vida toda. Tudo valeu! Nada a esquecer!
Ana Toledo