O AMOR É ROSA, ROSA CHAMPANHE

Todos os preparativos da cerimônia do seu casamento estavam concluídos, igreja, convites entregues, trajes, músicas e a decoração com rosas champanhe, tudo cuidadosamente organizado pela noiva. Orçamento apertado, mas a simplicidade e o gosto dos jovens prevaleceram. Na véspera do seu casamento o rapaz, num gesto poético, remete a ela um buquê de rosas champanhe com a grafia “Espero por você amanhã, no local e na hora combinados”. Ato simples, meramente romântico em que essas coisas agora são consideradas demodê, mas que para os jovens marcaria para sempre aquele enlace.

Chegara o grande dia e ambos cumprem o combinado. Templo repleto de convidados. Ele impaciente sobre o altar, pernas trêmulas, enquanto enxuga o suor de sua face a vê toda esplendorosa adentrando a igreja a desfilar sua elegância angelical, ofuscando todas as belezas ali presentes. Mais linda do que nunca ela caminha em sua direção.

Para o jovem, em toda a sua ansiedade, fazia daquele corredor uma extensão quilométrica, a vê como se ela estivesse caminhando sobre as nuvens ao seu encontro. Benção recebida, alianças trocadas, ambos entendem que essa cumplicidade é possível perpetuar-se.

A partir daí a jornada é árdua onde o casal conhece as dificuldades de caminharem juntos nessa luta diária de viver, de conviver. De se inovar, de renovar. De superar, de surpreender. Muitos obstáculos são enfrentados, alguns vencidos, outros perdidos, mas sempre juntos somam as alegrias, dividem as tristezas.

Dos frutos dessa união são gerados dois filhos que fortalecem ainda mais o amor, o respeito, a compreensão do casal. Para simbolizar cada ano passado desde aquela noite no altar ele se habituara a comemorar a data enviando anualmente um arranjo de rosas, rosas champanhe. Assim ano após ano uma flor é acrescida ao ramalhete.

Tantos anos se passaram, tantas rosas se somaram ao ramalhete que hoje ao ser perguntado qual é o significado do amor ele define que a o amor é rosa, rosa champanhe.