INTERIOR DO MEU INTERIOR (Phellipe Marques)
Tempestades, ondas bravias, fim do horizonte.
Não há terra firme, tampouco o farol que iluminou o desbravar mais belo da minha vida.
Avante!
Rumo à luz do teu amor!
Aonde está além de aqui dentro de mim?
Há dias em que o poeta se auto ilumina, auto se veste de prontidão e misticismo e há dias em que o alvorecer é úmido.
Há dias em que as notas são a única referência do nosso amor.
E há dias em que a música já se foi.
No entanto, tenho as rédeas!
A grande nau do meu coração me pertence.
Ondas tentam me derrubar, afogar-me!
Trovões e icebergs de provação querem apagar a vivência que de ti carrego.
Mas não, jamais permitirei!
Por maiores que meçam os distanciamentos e piores que sejam os dessabores, sou eu quem conduz a barca da felicidade e desta, teu amor é timoneiro, dá-me paz e segurança no oceano da vida.
Há dias em que só quero sonhar, compor e reviver a magia de estar contigo.
E há dias em que quero esquecer.
Mas um breve grito súbito me chama e clama por mais uma pequena dose de eternidade.
Volta!
Recomeço!
Fecho os olhos!
Lá está o farol, a terra firme, o brilho reluzente que alegra o interior do meu interior.
Há dias em que só quero te escrever uma crônica.