SABER. TER. AMAR.
San Tiago Dantas, um dos maiores juristas que esse país já viu e poucos conhecem, dando uma aula disse que o tema seria civismo. Referiu que a base de tudo é o saber. O saber pode te levar ao ter. O saber pode te levar ao poder. Não é desejável que o ter leve ao poder. Mas é inadmissível que o poder te leve ao ter.
Nada mais atualíssimo que a aula de San Tiago no que vive o mundo. É uma evidência, claríssimo como toda evidência, embora singela é verdadeira. Saber o que podemos saber, ninguém vai além do que pode.
Já temos muito pelo que nos foi dado, o descortino que chega pela inteligência. Mas que se evite o culto à personalidade.
O culto da personalidade desfavorece, mas muitas personalidades devem ser cultuadas, como a de San Tiago Dantas. Por quê? Por falar a verdade como Cristo.
Precisamos olhar para dentro de nós e ver se existe o amor de que tanto nos falou e nos delegou por seu Pai Jesus de Nazaré. É ele que afasta manchas e traz a paz.
Na cultura hebraica, longeva de sabedoria, é ensinado que não devemos nos curvar aos ídolos, pois seria a renúncia ao que há de melhor em nossa natureza. E nossa natureza é e deve ser amor, não idolatria vazia.
No destino levado pelas setas do pensamento liberto que a barra da emoção não pode conter, no voo da imagem carregada pelo sonho bordado na volúpia do ideal, o amor, a única força capaz de unir, deve ser a meta de qualquer vontade maior, que não se curve a nada nem ninguém.
Não há freio para o coração, as estrelas não são vistas só pelos olhos, mas pela alma, é como o perfume da flor que exala não só o aroma do pólen levado pelas borboletas que se amam nos leito dos ventos, mas tece a sedução pela fragrância que invade todos os espaços e cativa.
O ideal da humanidade conhecido pelo escritor que passeia pela história, e vê a resistência ao credo do amor, substituído por falsos ídolos, não se mata nem se extingue por uma esperança morta, na procura da harmonia, sempre tentada e desencontrada, mas por uma humanização plena agonizante no enfrentamento de todos os egoísmos. Não importam as ideias, permanece ainda assim suplicante e expectante o arco-íris que faz ressurgir a esperança. Pelo amor revive a possibilidade do amanhã pelo qual se luta hoje.