"LAVAJATO" E SEUS REFLEXOS.

Interrompeu-se no Brasil a maior sistemática que visou um projeto de “poder”, com braços alongados, embrionário em pretensões de alinhar de formas diversas, e aos poucos, a supressão de direitos fundamentais conquistados, assentados no controle da informação até a “revolução mancata”, com etiologia nos “cadernos do cárcere”, de autor conhecido.

Ocorria a desintegração do regime democrático, logo que o apossamento da maior estatal brasileira, Petrobras, foi tomada para financiar esse objetivo, com garras afiadas e fome voraz. E foi esvaziada com os resultados que ninguém desconhece em seus ativos.

Por especiarias longas e de difícil explanação para entendimento popular, consubstancia-se em que, foi estancada essa hemorragia por obra da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça em todos seguimentos de seus órgãos federais, originariamente deflagrada a operação em Curitiba, " Lavajato", pela proficiência e gigantesco trabalho do Juiz Sergio Moro no moderno manejo dos institutos processuais, magistrado que hoje é nome nacional de prestígio incomum, alcançado pela mídia internacional como uma das vozes mais influentes em formação de opinião mundial, com palestras acadêmicas nos fóruns europeus e americanos, com especialidade destacada, principalmente na esfera do delito de corrupção e seus conexos.

Mais de centena de envolvidos estão condenados, a partir de sua lavra, em atividade de grande concentração, a saber, pessoas de alto escalão da vida pública e privada e próceres partidários irmanados em resíduos políticos que faziam mover a engrenagem como um todo, principais e coligados.

É um passo de monta que o Brasil desconhecia, tudo azado nos bastidores, enriquecendo executivos da petrolífera que chegou ao ponto de devolver, um deles, cem milhões de dólares, enriquecendo parlamentares e homens públicos, inegavelmente presos às estratégias maléficas na coonestação histórica do público/privado. SEIS BILHÕES DE DÓLARES DE CORRUPÇÃO, entre superfaturamento,propinas e subsídios ilegais para partidos. Nada nunca se viu, em qualquer lugar do mundo, com essa cobiça e vontade de injustificados meios chegarem a fins indesejados como se vê em doutrinas ultrapassadas e castradoras da plena liberdade.

No fundo, a febre que derrotou bons ideais, famílias e nações, ardia e ainda arde nesse cenário de vontades onde a racionalidade só encontra arroubos sectários, mas insuficientes como mostra o empirismo, onde a clara e monumental corrupção é negada com infantil facilidade.Nos apiedamos dos enganados. Quem não se sentiu enganado estaria no âmbito da cumplicidade ou total insciência dos fatos.

Tudo pelo nada, talvez por migalhas para os pobres que poderiam e deveriam ser multiplicadas, pelas riquezas brasileiras, se exploradas e distribuídas com competência e sem desvios, e em contrapartida de castelos, mordomias e faustos usufruídos para os ricos/dominadores. A gigante Eletrobras alcançada, fundos de pensão,etc,etc.

O reflexo mostrou o alongamento das práticas ilícitas entre o público/privado, em concessões, licitações,superfaturamento, propinas e afins, em Estados e Municípios que agora são revelados a cada dia mais pela Polícia Federal. A história não tem fim, vai acontecendo. Nela se vê que acabaram com o Estado do Rio, com muitos municípios, com grande parte do Brasil.

Mas o Brasil é muito maior, e vai caminhando sofrido, porém trabalhando ao invés de roubar, e sairá mais uma vez do lodaçal para ser o país do futuro, novamente, pela coragem e desassombro daqueles que trabalharam e encaram de frente as situações de risco que poucos conhecem para chegar onde chegamos (já perdi pela covardia uma amiga de família e colega de atividade, Patrícia Acioli), uma porta de esperança para acabar que seja em parte com a maldita corrupção, seus seguidores e defensores, estes sim covardes.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/04/2018
Reeditado em 14/04/2018
Código do texto: T6306371
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