O CONTO DO BILHETE, OPS, DA FOTO
Lá pelos anos oitenta do século passado, havia pelo menos umas dez variantes do conto do bilhete, mas nem todos davam prejuízo total a quem caia no conto. Estas caidas, nem fatos policiais se constituíam.
Na avenida Alberto Bins, próximo a loja Imcosul, havia um vendedor de bilhetes, que andava para lá e para cá, de vez em quando ele deixava cair um bilhete inteiro, se não me engano eram 20 pedaços. Claro que armação dele com um auxiliar. Assim que alguém agachava-se e recolhia o bilhete, o auxiliar ficava de olho e incentivava o sortudo a entregar ao vendedor, que de pronto agradecia e começava a tecer elogios a idoneidade da pessoa e já emendava que aquilo havia sido um sinal de Deus, para que ele comprasse a sorte.
Claro que a maioria não caia na labia do vendedor, mas muitos levavam um ou dois pedaços.
Hoje lembrei-me desta passagem, quando ouvi a notícia do gritedo de Manuela d'Ávila, pretensa candidata à presidência, pelo PC do B, quando um admirador pediu-lhe uma foto.
De repente o admirador declarou-se pelo Bolsonaro e não por ela, assim dando-lhe o conto, não do bilhete, mas da foto.
Nada mais que isto, mas foi o que bastou para que chamassem a polícia, para que reivindicassem descumprimento de ordem judicial, pela interdição do local dentre outras queixas.
Ora, para uma besteira dessa querem que a polícia federal se mobilize, diferente, quando a polícia federal deveria prender um criminoso condenado e com mandado de prisão, estes mesmos que berram, diziam ser uma arbitrariedade e anti democrático.
Não sabem brincar, que não desçam até o playground.