DOMINGO DE RAMOS
Fui passear no calçadão. Havia sol, vento no rosto, pessoas descontraídas, jeitão de domingo.
Ao ouvir os sinos da Catedral, atendi o chamado. Dirigi-me a ela, assisti à bênção dos ramos e acompanhei a procissão. Sinto-me bem e emocionada com o significado do ritual:Hosana!
Voltando para casa, atravessei de uma rua à outra, por dentro de famosa loja de departamentos. Comprei um jogo de taças, já que me foi conveniente o preço.
No ato do pagamento, o rapazinho caixa não me pareceu educado, tampouco satisfeito. Compreendi. Afinal, um jovem cheio de sonhos e vontades, trabalhando numa manhã de domingo...
Estávamos apenas os dois ali. Ele me disse que não crê em Deus e que nada sabe sobre Jesus.
Ofereci a ele o ramo que trazia da procissão. Ele nada sabia daquele significado. Expliquei-lhe. Ouviu-me atencioso. Achou o ramo muito grande, para guardar no bolso. Imediatamente, cortei um pedaço (no dente, era difícil rasgar a palma). Entreguei-lhe. Guardou-o no bolso.
Jesus ficou com ele. Hosana!