É DIVERTIDO RECORDAR
Ao tomar posse na gerência do BB em Paraná, poucos meses após, os colegas, mediante adesão, ofereceram jantar. A maioria classe empresarial e produtores rurais. Entre os presentes, sobressaía senhora de origem japonesa, de boa aparência, aparentando uns quarenta anos, comunicativa, vestido colante salientando as curvas.
Certo momento, pediu licença e sentou à mesa. Se apresentou como autônoma e corretora. Disse-me que entre todos os presentes era a única, apesar de ser correntista no banco, que não tinha o cheque-ouro. Hoje, se diz: bunda e cheque-ouro, todo mundo tem. Naquela época era privilégio de bons clientes. O banco garantia a cobertura do cheque. Pedi que passasse na agência que o cheque-ouro dela estaria pronto.
Na agência, pedi ao funcionário do setor que providenciasse o cheque-ouro para a fulana. Um tanto surpreso e com certo sorriso malicioso, trouxe-me a ficha da pretendente. Ela era proprietária de boate nos arredores da cidade e aliciava garotas de programa para os abastados da sociedade local.
Como tinha prometido, deferi o empréstimo. Apesar de muitas vezes convidado, nunca frequentei a casa dela, especializada, se diziam, também em chopes com sakê...