BUEMBA! BUEMBA! A VIDA É DURA.
Como é difícil a luta pela sobrevivência. Essa frase vem ocupando boa parte do meu cotidiano. Foi uma percepção que me invadiu partindo de várias direções. E qual o momento exato de coloca-la visível aos olhos do mundo. Discernir isso não dependia de mim, nenhuma agrura sofrida por mim próprio e pelos meios que me rodeiam me deixaram livre e desenvolto para estendê-la no papel.
Isso me trouxe vários ímpetos de me livrar desta expressão ," como é difícil sobreviver". Então um ensinamento aprendido ao longo da minha vida sobrepôs a este meu estado de indecisão, e me deu paz para esperar o tempo certo de redigir essas linhas. Sempre ouvia de ouvidos e alma a frase, "tudo tem seu tempo".
Pois bem , do nada o tempo chegou, veio de bandeja forrada a guardanapo de cor clara. Hoje após exaustas horas de trabalho , enquanto Belo Horizonte e regiões metropolitanas dormiam o sono dos justos, a tal frase veio como tempestade em meu pensamento. Sempre ela, como é difícil a luta pela sobrevivência.
Até então só o incomodo, descreve-lo era preciso , mas quando ? Nem eu mesmo sabia. Veja como o tempo e o momento é determinante.
Então vamos lá acabei de chegar em casa, abri a geladeira tomei um copo de água, fui a sala e liguei a televisão. Estava só, embora a solidão e a dita frase me chicotear.
Do nada me vem a gota d'água, no jornal da Band, entra a vinheta ,"Buemba! Buemba! Com José Simões. E então começa ele, com suas piadas , ora engraçada , ora sem graça. Sabe aquelas piadas que nos exigem cócegas para disparar nosso aparelho de sorrir. E então a cada piada, os jornalistas eram obrigado a sorrir como se fosse uma piada gostosa. Todos sorriam aquele riso travado, mas necessário. Era a forma de defender o pão nosso de cada dia.
Confesso, eu olhava a cara do Boechat tentando expulsar aquele riso seco, mas crucial para lhe garantir o holerite . Leitor meu cansaço sumiu. Afinal a vida não é fácil para ninguém , foi assim que esta crônica nasceu, de uma observação de momento. Ela nasceu, e eu me tornei liberto, mesmo que por um só momento. Buemba ! Buemba!