Larissa andava nervosa, mal-humorada, brigando por qualquer motivo. As unhas já as tinha roído todas. Tudo isso porque estava sem namorado havia seis meses.
Sua mãe a aconselhou a entrar num site de relacionamento o mais rápido possível. Já estava ficando insuportável lidar com a filha.
- Não acredito muito nisso não mãe, mas vou tentar.
Logo apareceram os candidatos e Lara começou a sele-cionar.
Alto, moreno, boa situação financeira procura moça de família, desimpedida e com boa cultura. Ofereço o mesmo.
Conversaram muito por mensagens, depois telefone até que marcaram um encontro.
Sua mãe a incentivou. Vai Lara, mas antes trate de ir ao salão pentear os cabelos e botar umas unhas postiças. Se você aparece na frente do rapaz com esses cotocos roídos ele vai pensar que você não tem o que comer em casa.
Assim ela fez. Cabelo feito e unhas falsas, pintadas de vermelho, Lara chegou ao bar onde haviam marcado de se encontrar e não viu aquele moreno alto, mas notou que um baixinho a comia com os olhos. Esperou um pouco e logo ele se aproximou perguntando se ela se chamava Larissa.
- Sim, sou eu, estou procurando um rapaz alto, moreno.
- Sou eu. Não sou tão alto assim, mas para os padrões nordestinos até que posso me considerar alto, disse ele, com um sotaque arretado. Como ela estava matando cachorro a grito, resolveu encarar. Conversaram e ele até que era uma pessoa agradável, embora não fosse nada do que ela estava esperando.
Depois de vários encontros, jantares e passeios, ela resolveu convidá-lo para ir à sua casa. Já que você gosta tanto de massa vou fazer um talharim com creme de leite que é a minha especialidade.
Chegou o dia do jantar. Mesa arrumada, arranjo de flores, guardanapos de pano, tudo para impresionar o rapaz.
A campaínha tocou e ela foi abrir a porta. Só então notou que uma das unhas havia caído e ela não conseguiu encontrá-la. Abriu a porta e, sorridente, o recebeu. Passou o jantar todo escondendo a mão. Ainda bem que era a esquerda.
Num determinado momento o rapaz parou de comer, tossiu, se engasgou e tirou da boca a unha que estava no talharim.
Lara não sabia onde enfiar a cara, tanta era a vergonha. Tentou explicar, mas ele, compreensivo, lhe disse: tem importância não, bichinha. É até bom. Lá em casa tem muito mosquito e agora eu já posso me coçar sem pedir ajuda de maínha.
Sua mãe a aconselhou a entrar num site de relacionamento o mais rápido possível. Já estava ficando insuportável lidar com a filha.
- Não acredito muito nisso não mãe, mas vou tentar.
Logo apareceram os candidatos e Lara começou a sele-cionar.
Alto, moreno, boa situação financeira procura moça de família, desimpedida e com boa cultura. Ofereço o mesmo.
Conversaram muito por mensagens, depois telefone até que marcaram um encontro.
Sua mãe a incentivou. Vai Lara, mas antes trate de ir ao salão pentear os cabelos e botar umas unhas postiças. Se você aparece na frente do rapaz com esses cotocos roídos ele vai pensar que você não tem o que comer em casa.
Assim ela fez. Cabelo feito e unhas falsas, pintadas de vermelho, Lara chegou ao bar onde haviam marcado de se encontrar e não viu aquele moreno alto, mas notou que um baixinho a comia com os olhos. Esperou um pouco e logo ele se aproximou perguntando se ela se chamava Larissa.
- Sim, sou eu, estou procurando um rapaz alto, moreno.
- Sou eu. Não sou tão alto assim, mas para os padrões nordestinos até que posso me considerar alto, disse ele, com um sotaque arretado. Como ela estava matando cachorro a grito, resolveu encarar. Conversaram e ele até que era uma pessoa agradável, embora não fosse nada do que ela estava esperando.
Depois de vários encontros, jantares e passeios, ela resolveu convidá-lo para ir à sua casa. Já que você gosta tanto de massa vou fazer um talharim com creme de leite que é a minha especialidade.
Chegou o dia do jantar. Mesa arrumada, arranjo de flores, guardanapos de pano, tudo para impresionar o rapaz.
A campaínha tocou e ela foi abrir a porta. Só então notou que uma das unhas havia caído e ela não conseguiu encontrá-la. Abriu a porta e, sorridente, o recebeu. Passou o jantar todo escondendo a mão. Ainda bem que era a esquerda.
Num determinado momento o rapaz parou de comer, tossiu, se engasgou e tirou da boca a unha que estava no talharim.
Lara não sabia onde enfiar a cara, tanta era a vergonha. Tentou explicar, mas ele, compreensivo, lhe disse: tem importância não, bichinha. É até bom. Lá em casa tem muito mosquito e agora eu já posso me coçar sem pedir ajuda de maínha.