Síndrome de Kim-Jong-un

Para quem não é especialista em pesquisa o suficiente para se aprofundar no submundo das negociatas de ”alto nível”, opinar sobre a razão pela qual uma pessoa decide ser candidata a cargo público é logicamente especulativo; baseado em sensações cujos fatos históricos foram relatados por veículos nem sempre... idôneos, permeados que são por seus interesses financeiros tal como qualquer empresa . Isso faz o peso das afirmações a seguir serem quase que resultado de impressões. A defesa da livre iniciativa, sagrada e ratificada pelo sucesso das nações, a ponto de ser adotada (com restrições) pela própria China e pela Rússia prova que o estímulo que as pessoas precisam para criar e produzir é mesmo o do enriquecimento pessoal. No caso do Brasil, (que não é único, mas é onde é exacerbada) essa doutrina a muito que vem sendo levada ao extremo: não é coisa recente. O conformismo e a ignorância da base da pirâmide social apoiadora, sob bombardeio, pelo binômio propaganda/medo criou um “respeito” aos donos perpétuos do pais. Eles se tornaram inquestionáveis donos da verdade respaldados pela condição de serem os únicos (com exceções) a se educarem e provarem através do poder conquistado que a fórmula é a correta e os argumentos, religião. Obviamente não seria um aventureiro com coragem suficiente para enfrentar esse status que, de cara, seria o descobridor dessa Matrix. Até é, mas tal como o protagonista da ficção, possui as suas fraquezas e é aí por onde se desmoraliza qualquer reação rebelde. O fato é que hoje o país se encontra sem opção clara: praticamente todos os potenciais candidatos são melecados por seus habitats políticos. Uma pergunta que talvez fosse fundamental nos futuros debates seria: por que você está aqui? Por que você quer ser presidente? Claro que eles deveriam estar ligados a um detector de mentiras! Na verdade, o motivo que deve surgir como o menos pretencioso é o da notoriedade. Jamais seria o de cumprir um plano de organizar o país sem matar os eleitores de fome e desespero. Está muito difícil fazer o menos ingênuo acreditar que é pela nação brasileira. O que se percebe de maneira mais geral é o mar de bolhas corporativistas em que o país se tornou e quem tiver a rede maior para pescar mais irá ganhar a preferência. O eleitor divide-se entre quem foi beneficiado e quem pretende ser segundo as promessas do déspota mais convincente.