O Trem de Ferro
"A Estrada de Ferro é um respeito para o povo de Goiás; a capacidade realizadora do povo goiano que sabe agradecer as dificuldades que a natureza colocou no seu caminho, mas no dia 09 de Novembro de 1922 o trem chegou e nasceu a nossa querida Pires do Rio, a Terra dos Beija-Flores" - João Albano Neto.
De 1921 a 1931, foram 10 anos de história, da Fundação à Emancipação do município de Pires do Rio.
Com o avanço da ferrovia na região sudeste, começou o surgimento de vilas e povoados, com isso, nasceu a Cidade de Pires do Rio, cujo nome é sobrenome do Ministro da Aviação, na época, Dr. José Pires do Rio.
Em 1940, foi construida a oficina da Rede Ferroviária, ao lado da Estação Ferroviária, para manutenção das locomotivas. Hoje, no local, funciona o Museu Ferroviário, fundado em 1989.
O acervo do Museu, é constituído de locomotivas a vapor, balanças, máquinas, picotadores de passagens dos séculos XIX e XX, além de peças e objetos que pertenceram aos ferroviários, que estão expostos nos galpões reformados e adaptados. O Museu preserva ainda a Coleção Jacy Siqueira constituída de livros, fotografias, vídeos e documentos doados pela família de Siqueira, escritor, pesquisador e fundador do Museu Ferroviário.
Na década de 50 passaram por Pires do Rio as Santas Missões, nesse período aconteceu no ponto mais alto da cidade (morro do Dergo) a elevação de um cruzeiro que esteve 62 anos no local.
Em 1965, a EFG foi transformada em VFCO – Viação Férrea Centro-Oeste juntamente com outras ferrovias e, em 1967, foi incorporada à RFFSA – Rede Ferroviária Federal S.A.
Para a construção da nova capital, Brasília, começou a ser instalado um novo ramal que partiria da linha tronco em Pires do Rio. Os trabalhos de instalação do novo braço da ferrovia começaram em meados da década de 60, com a chegada do Exército Brasileiro através do Batalhão Mauá, vindo do sul do país. Com a chegada do Batalhão Mauá, foram edificadas construções para abrigar soldados e engenheiros e com isso novas manifestações arquitetônicas representativas deste momento tão importante.
O envolvimento com a ferrovia ainda é muito presente tendo em vista que até os símbolos do município e suas personalidades trazem alguma referência. O brasão de caráter altamente desenvolvimentista que integra a bandeira da cidade possui desenho de trilhos e foi criado em 1969 pelo ex-prefeito Goyaz Cavalcante Nogueira (in memorian) .
Na década de 70, eu preferia viajar de Trem, que de Ônibus, pois as estradas, eram ruins e empoeiradas.
As viagens de Trem eram baratas e confortáveis, apesar de serem demoradas e perigosas.
Nessa época, por volta de 1977, houve um grave acidente, no choque de um Trem de cargas, com um Trem de passageiros, deixando alguns mortos e feridos.
O acidente foi tão grave, que algumas pessoas que sobreviveram, ficaram deficientes, das pernas e braços.
Por volta de 1980, fiz a última viagem de Trem, até Pires do Rio. Eu estudava em Goiânia e viemos eu e meu primo, um conquistador de corações.
Nessa viagem, havia uma moça de chapéu, muito linda.
Sentamos no banco, bem em frente àquela bela garota, qual estava só.
Na mesa, dentro do Trem, havia um compartimento, onde colocávamos a garrafa de bebidas, de vidro, pois com o movimento do trem, a garrafa balançava e não caia.
O primo, fazia gestos, piscava pra menina e nada. Até que ele sentou ao lado dela. Mas, foi por poucos segundos, pois a menina procurou outro banco. Ele não desistiu dela, até chegar na Estação Ferroviária de Pires do Rio e descer de mãos dadas, com a nova namorada.
O Tempo passou, o Trem Maria Fumaça parou e hoje está estacionada no Museu Ferroviário de Pires do Rio.
Saudades...
"A Estrada de Ferro é um respeito para o povo de Goiás; a capacidade realizadora do povo goiano que sabe agradecer as dificuldades que a natureza colocou no seu caminho, mas no dia 09 de Novembro de 1922 o trem chegou e nasceu a nossa querida Pires do Rio, a Terra dos Beija-Flores" - João Albano Neto.
De 1921 a 1931, foram 10 anos de história, da Fundação à Emancipação do município de Pires do Rio.
Com o avanço da ferrovia na região sudeste, começou o surgimento de vilas e povoados, com isso, nasceu a Cidade de Pires do Rio, cujo nome é sobrenome do Ministro da Aviação, na época, Dr. José Pires do Rio.
Em 1940, foi construida a oficina da Rede Ferroviária, ao lado da Estação Ferroviária, para manutenção das locomotivas. Hoje, no local, funciona o Museu Ferroviário, fundado em 1989.
O acervo do Museu, é constituído de locomotivas a vapor, balanças, máquinas, picotadores de passagens dos séculos XIX e XX, além de peças e objetos que pertenceram aos ferroviários, que estão expostos nos galpões reformados e adaptados. O Museu preserva ainda a Coleção Jacy Siqueira constituída de livros, fotografias, vídeos e documentos doados pela família de Siqueira, escritor, pesquisador e fundador do Museu Ferroviário.
Na década de 50 passaram por Pires do Rio as Santas Missões, nesse período aconteceu no ponto mais alto da cidade (morro do Dergo) a elevação de um cruzeiro que esteve 62 anos no local.
Em 1965, a EFG foi transformada em VFCO – Viação Férrea Centro-Oeste juntamente com outras ferrovias e, em 1967, foi incorporada à RFFSA – Rede Ferroviária Federal S.A.
Para a construção da nova capital, Brasília, começou a ser instalado um novo ramal que partiria da linha tronco em Pires do Rio. Os trabalhos de instalação do novo braço da ferrovia começaram em meados da década de 60, com a chegada do Exército Brasileiro através do Batalhão Mauá, vindo do sul do país. Com a chegada do Batalhão Mauá, foram edificadas construções para abrigar soldados e engenheiros e com isso novas manifestações arquitetônicas representativas deste momento tão importante.
O envolvimento com a ferrovia ainda é muito presente tendo em vista que até os símbolos do município e suas personalidades trazem alguma referência. O brasão de caráter altamente desenvolvimentista que integra a bandeira da cidade possui desenho de trilhos e foi criado em 1969 pelo ex-prefeito Goyaz Cavalcante Nogueira (in memorian) .
Na década de 70, eu preferia viajar de Trem, que de Ônibus, pois as estradas, eram ruins e empoeiradas.
As viagens de Trem eram baratas e confortáveis, apesar de serem demoradas e perigosas.
Nessa época, por volta de 1977, houve um grave acidente, no choque de um Trem de cargas, com um Trem de passageiros, deixando alguns mortos e feridos.
O acidente foi tão grave, que algumas pessoas que sobreviveram, ficaram deficientes, das pernas e braços.
Por volta de 1980, fiz a última viagem de Trem, até Pires do Rio. Eu estudava em Goiânia e viemos eu e meu primo, um conquistador de corações.
Nessa viagem, havia uma moça de chapéu, muito linda.
Sentamos no banco, bem em frente àquela bela garota, qual estava só.
Na mesa, dentro do Trem, havia um compartimento, onde colocávamos a garrafa de bebidas, de vidro, pois com o movimento do trem, a garrafa balançava e não caia.
O primo, fazia gestos, piscava pra menina e nada. Até que ele sentou ao lado dela. Mas, foi por poucos segundos, pois a menina procurou outro banco. Ele não desistiu dela, até chegar na Estação Ferroviária de Pires do Rio e descer de mãos dadas, com a nova namorada.
O Tempo passou, o Trem Maria Fumaça parou e hoje está estacionada no Museu Ferroviário de Pires do Rio.
Saudades...