PAPA FRANCISCO: "O INFERNO NÃO EXISTE". CRÍTICA.
“Essa tão malsinada “crítica de botequim”, das ruas e das tavernas, de amigos ou desafetos. É afinal a mais sólida e verdadeira, a única que o ferro boto da erudição não pode quebrantar”. Verdade máxima do máximo crítico. João Ribeiro, em “ Páginas de estética”.
O vigor da criação, aço temperado da vocação, não se perde nas esquinas da insensatez nem cede ao improprio caminho do desconhecimento, que acaba em contradição. Nasce do dom que a experiência não supre. Ninguém inicia passos na crítica sem o mínimo saber enciclopédico, em círculos, onde de forma concêntrica nos chegam as variadas possibilidades da afirmação da certeza no mundo das incertezas. O currículo vazio de aparelhamento é natimorto.
Ninguém deve repudiar o simplório, gerador do caráter de uma nação e das épocas que atravessa um país, sob pena de perder-se o registro histórico das gentes. Quem assim se posiciona é mais que néscio, projeta idolatria da apequenada estatura humana, incapaz de ver o máximo por não conhecer o mínimo. E o pior, muitos assim se conduzem em tom professoral. Será que conhecem a “paideia” grega, ao menos, e suas possibilidades de trazer o “novo”, mesmo entre os mais despreparados e simplórios.
O Papa Francisco assenta a virtude da “paideia grega”, e diz que quer sim, ser conhecido como revolucionário, pois assim o nominaram quando proclamou: “O INFERNO NÃO EXISTE”, no dia de hoje noticiado.
Quem acreditava nos “meninos” bilionários que mudaram a informática e a tecnologia da informação?
Mudaram hábitos e costumes mundiais.
Nunca é demais pensar, se é que seja possível, antes de fazer crítica sem saber o que seja crítica.
“O que caracteriza a revolução intelectual do nosso tempo é a preeminência que se concede às forças mínimas e infinitesimais, porém prodigiosas em número, que realizam o Universo”. João Ribeiro. “Páginas de Estética.”
Prodigiosas em número...Será que as cabeças ocas e vazias não conseguem articular a rede de neurônios para entender o mínimo.
Quando puderem algum dia, se puderem, exerçam como avanço o processo crítico, ciência para poucos, e deixem o caráter popular fazer a história.
Quanto se ouviu que O INFERNO NÃO EXISTE, até a autoridade do Papa autenticar?