Aceita um café?

Eu fiquei pensando se esse jeito espontâneo de falar, levantar e ir, e sorrir forte poderia causar desconfortos nos mais próximos. Sei lá, tem gente que simplesmente estagnou numa esquina da vida e está sempre com cara de quem espera alguma coisa. Sim eu sei, temos sempre que esperar alguma coisa – boa, claro. Aliás a esperança é o que dá corda à humanidade. Mas de qualquer forma, e aqui do meu humilde lugar, não vejo um meio mais eficaz para nada acontecer que nada fazer. E caramba, quer maior exemplo que este país em que vos falo e que tu lês? – Obviamente, considerando aqui que minhas letrinhas são lidas somente em terras tupiniquins, já que Ana Marques lá em Portugal só me deixou a saudade de quando dizia que eu tinha alma azul. Pois bem, me dê um cado só de intimidade e verás o quanto sou disposta à falar, dar risada e ir junto. Mas vale lembrar que “intimidade” é alma despida. Então esteja preparado para me ver intensa e inteira também. Talvez seja esse o ponto a causar desconfortos. Estranhamente penso muito em algumas causas e atropelo tudo em outras. Estranhamente tenho sobrevivido até aqui, obrigada.

Exemplo de ser humano tô bem longe de ser, todavia, garanto que abraço as boas causas – e as boas pessoas – com todo amor que eu posso. E essa confissão faz de mim nem tão boa assim, mas humana com certeza. E isso me vale.

Fato é que falar alto – entenda-se alto também como ser ouvido -, comprar briga em nome de injustiças e sorrir aberto, são características clássicas de uma coisa simples, rara, poderosa e revolucionária chamada bom coração. E infelizmente isso incomoda alguns. Não todos, ainda bem. E é nesse “ainda bem” que está a corda para a humanidade. Voilá!

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*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 29/03/2018
Código do texto: T6294016
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