SUPERPODER
Já dizia Nietzsche: "O que não me mata, me torna mais forte.", e nesses últimos dias ando comprovando esta afirmação. A suposta picada de aranha me rendeu uma hospitalização de duas semanas bem doloridas! Em certo momento de alucinação, efeito da medicação, creio, fiquei esticando os braços, imitando o Homem-aranha, para ver se a danada da pequena aranha havia me dado algum superpoder. No entanto, nada de extraordinário aconteceu, lamentei. Acontece que semana passada, a piscina estava vazia, e vi lá na solidão do fundo, um enorme sapo cururu sem beira do rio a ponto de ser morto pelo Sol estrelado do fim da manhã. Sem ninguém para lhe socorrer, visto que coragem alguma me havia para salvar tamanho batráquio, correu-me a ideia de pedir ajuda para a vizinha corajosa que sempre vem em meu auxílio quando preciso de um help, mas ela estava fora da cidade, para meu desespero. Chorei quando vi que não teria como salvar o sapo, mas eu não poderia deixá-lo morrer! Não eu que havia vencido a dor dos tantos dias no hospital. Eu não saberia viver com o peso de não ter salvo o pobre bicho da morte... Sem ninguém para me ajudar, olhei para a imensidão azul lá no alto, e pedi: - Deus, agora somos só nós dois, me ajuda ajudar o sapo, me dá uma ideia... E não é que a ideia brotou feito milagre? Olhei para o lado e avistei a peneira para piscina. E lá fui eu, armada de uma coragem que não era minha, salvar o sapo! Após várias tentativas e alguma dificuldade, finalmente consegui retirar o sapo da piscina! Passado o susto e o sufoco, eu bem achei que depois da picada, ficou mesmo algo de superpoder em mim! Acaso salvar um sapão desses para uma medrosa inveterada, foi ou não um ato heroico de bravura?Hehehe