E os quarenta ladrões
E os quarenta ladrões
Bem para começo de história, ou será estória, denunciaram os quarenta ladrões. E, uma dúvida que não quer calar, e o Ali Babá? O que não podemos fazer é deixar o fatal esquecimento embotar nossas consciências. È preciso sempre que possível, lembrar de nosso algozes. Daqueles que trucidam nossas esperanças, que retalham a democracia e a transforma em comédia recombolesca...
E, a quadrilha inexoravelmente formada, ainda age, pressiona assessoria jurídica, pressiona pareceres, e pretende se inocentar a qualquer custo.
É bem na verdade que só serão efetivamente culpados quando finalmente a sentença condenatória transitar em julgado, o que pelas minhas contas, ainda demorará algum bom tempo.
Não podem faltar elementos para que o processo criminal consiga pelo menos punir oficialmente os culpados e, dê uma lição ao país inteiro.
De que é possível pelo menos confiar em nossa mais alta corte judiciária, na imparcialidade de seus crivos e, sobretudo, na necessidade de garantia justiça e segurança social e política.
Quando não teremos mais inveja dos países europeus que punem efetivamente os corruptos, e os ladrões são devidamente proscritos e exilados do seio social. E, por causa da cobiça e da inveja que então Sartre disparou acertadamente que: - o inferno é o outro!
O inferno é confiar temendo que tudo seja em vão. Que as providências tardem, e de tão velhas já não sirvam para punir exemplarmente todos que mereçam, principalmente no caso do “mensalão”, por nutrir fervorosamente a miséria nacional.
Só ainda não entendo como isentar de culpa o próprio governo, se tudo ocorreu justamente com seu inocente apoio. Pelo menos teríamos a negligência como indicador de culpa. Ou mesmo culpa in omittendo.
Mas, esperemos, um dia, se dieu voulèe, conseguiremos ter a queda da Bastilha, e não comeremos brioches, mas apenas pães endurecidos por nossa história.
Rezemos pelo fim do mensalão, pelo fim da miséria nossa de cada dia e, pela ressureição da democracia e da paz social.
Gisele Leite