Memórias de minha infância

Houve um tempo que minha 

maior preocupação era juntar 

meus brinquedos e ir pro quintal brincar.

Durante as brincadeiras vivia muitos personagens, igual a uma atriz de novelas. 

Podia ser tudo, tudo estava em minhas mãos, numa hora era ser mãe de boneca, e dona de casa...

Em outro momento, uma médica, modelo, cantora ou uma executiva de sucesso...

Mas o que era mais fascinante, a liberdade de me expressar sem censura.

Me reunia com as crianças da rua, sem distinção de sexo, cor ou religião. Éramos todas crianças com um único objetivo, brincar.

Em brincadeiras de todos os tipos:

Pique-esconde, pular corda, passa anel, jogar bola e pêra, uva, maçã ou salada mista!

Ah! Saudades dessa época.

Guardo boas lembranças.

Tive o privilégio de viver numa época em que a rua era a continuação do quintal, podíamos sentar nas calçadas para contar estórias, deitar no chão e contar as estrelas... sem medo de violência, num tempo mais tranquilo e ameno de se viver.

Conhecíamos os vizinhos, como se fossem nossos parentes, numa amizade recíproca e verdadeira.

Só entrava pra casa, quando a mãe chamava... 

Muitas vezes chegava com os joelhos ralados, mas feliz... caiu se machucou, levantou sacudiu a roupa empoeirada e voltou a brincar.

Sem perceber que dessa ação havíamos tirado uma grande lição.

" Não desistir de ser feliz!"

São tantas as histórias, que meu coração enche de saudade de um tempo que não existia maldade. 

 

By Claudia Florindo Corrêa

31/08/17

Claudia Florindo Corrêa
Enviado por Claudia Florindo Corrêa em 26/03/2018
Código do texto: T6291212
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