PARA QUEM ESCREVEMOS?
Escrevemos e gostamos de ser lidos, mas na verdade, escrevemos mesmo é para nosso bel prazer. Tudo que fazemos como hobby, fazemos para nosso próprio bem-estar. Talvez uma forma de deixar descansar a alma, ou deixar que ela dê suspiros, sei lá...qualquer coisa boa. Pelo menos em pessoas normais imagino assim. Já em pessoas afeiçoadas a pensamentos malignos, a motivação deve ser outra.
Voltando a pessoas comuns como eu, (existe coisa melhor que se basear no que a gente é ou sente?), quando a maré parece calma em meu peito, e sinto vontades, como a de andar a pé e reparar as pessoas que passam por mim, ou por ruas próximas; sabe o que acontece? Um turbilhão de coisas pequenas em formatos até grandiosos, são presenciados por meus olhos que registram as cenas como algo que mereça ganhar linhas.
E de repente me vem aquela sensação, de que ninguém melhor que eu para escrever sobre aquilo. E o “aquilo”, pode ser até uma caminhonete cheia de batatas doces sendo vendidas a 1,50 o quilo numa manhã de sábado. E para quem eu escreveria sobre detalhes como esses? Para mim mesma. Para o meu contentamento em incluir coisas simples, numa página online, que poderá ser visitada por pessoas das mais sensíveis às mais inteligentes. Que são para essas pessoas que escrevo, depois do meu próprio deleite, é claro!
Estou rindo feliz neste exato instante. Gosto quando me sinto à vontade para expressar estes sentimentos que a maioria sente mas esconde das letras. Sei que há os que escrevem com a preocupação de agradar a todo tipo de leitores, e possuem linhas que caminham entre a beleza e a sensatez. A estes dedico meus aplausos e admiração. Quanto a mim e ao que escrevo, dedico admiração e deixo meus aplausos para os que acabaram de chegar no fim desta linha.
E o que tudo isso significa? Que não somos os mesmos e que cada um, aposta no que acredita.