DE BANCÁRIOS

Sempre digo aos colegas aposentados, não sei como não fomos exonerados a bem do serviço. Cumpríamos regiamente nossas tarefas, mas sempre em clima de gargalhada e alegria. Até os chefes às vezes eram objetos de peças.

Nos 15 minutos para o café, à tarde, findo o expediente externo, reunimo-nos e sempre havia o exímio contador de piadas e ríamos a valer. Muitas vezes, voltamos ao trabalho e havia um colega que morria de rir, sozinho à sua mesa. –Que aconteceu? –Agora entendi a piada. É boa...

A agência recebia todos os dias listagens de contas de depósitos, enormes. Era preciso incinerá-las. E para isso era preciso rasgá-las em pedaços menores. O funcionário recém-empossado, encarregado da tarefa, pegava, carimbava e dava um visto e só então rasgava. –Para que isso, indaguei. –Ordem do chefe. Só incinerar após devido visto.

Máquinas de achar diferença, levar o lucro da agência no balanço para a Central de Computação fazem parte dessas pegadinhas que muitos caiam...

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 25/03/2018
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