O grito do rouxinol



 
Depois de um feriado bem vindo,
duma segunda-feira de lua delicada,
explêndida e dourada,
destacando-se na escuridão!
Deixamos o ninho
com muita preguiça e saudade,
mas temos que ir,
o dever nos chama.
E quem nos recebe sorridente 
- O sol!
Vencendo as nuvens
que começam
a avisar que teremos chuva.
Não só as nuvens...
Que sejam derramadas
sobre nós, abençoadas águas,
estamos sempre precisando de chuva por aqui,
nesta terra seca e bela,
que por ironia da nossa geografia,
banhada por lindos mares.
Hoje eu não percebi muita animação no olhar,
Nem na fala das pessoas,
elas certamente na noite passada
não contemplaram a beleza da lua, nem despertaram hoje cedo
com o canto e o grito do rouxinol no oitão da casa,
avisando que vai chover.
Nem preciso assistir as previsões do tempo para saber.
Duas coisas, cedo
aprendi com a minha avó, que a lua fininha mexe com a alma da gente
e que sempre chove quando ele canta e grita feliz, anunciando que
peguemos o nosso guarda-chuva. Que eles gritem por todo inverno,
por dentro a minha alma canta feliz! Mesmo sem o meu amor...
Sem ele, e com ele dentro dos meus pensamentos,
Para amarmos verdadeiramente alguém, não necessáriamente
implica que estejamos com ele físicamente.
Eu amo a vida, amo tanto o brilho da lua, quanto o brilho do sol,
por entre as folhagens, sei que dos mistérios da vida, se tornam ainda
muito mais interessantes quando tiramos um tempo para enxergá-los,
Que maravilha é fazer parte desse mundo que apesar de tudo.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 20/03/2018
Código do texto: T6285362
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