Os Cronistas em súmulas vinculantes
Os Cronistas refletem em suas palavras o mundo todo em sua volta.
E apesar das diversas interpretações desta realidade há no fundo, uma súmula vinculante entre os cronistas em geral.
Desta forma, as escritas diferentes se transformam em textos parecidos.
Ora com os vestígios dos seus pés descalços
Ora com as suas almas ungidas pelos ventos.
Expõem as suas histórias e os seus enredos
A palavra como objeto de uso cotidiano, as suas objeções,
afirmações e contradições sobre o mundo real.
Onde as realidades de cada qual se assemelham mas nunca são iguais.
Vivem no mundo exterior com o interior dos seus mundos.
E vasculham a tudo deixando transparecer o seu discernimento.
Felicidade e dor são absorvidas em partes iguais
Conforto lhes traz então as palavras que lançam fora de si
Ora como um aprendizado, ora como mestres diante de um espelho.
Incólumes sentem-se fortalecidos
Com o amor que lhes chega pelo seu coração e de quem os ama
Desconhecem a mesmice das emoções.
Por isso renovam tanto o seu parecer sobre o mundo como visionários e historiadores dos sentimentos humanos.
Tentando interpretar o mundo e reconhecer os defeitos e virtudes
dos demais re-descobrem partes de si.
Quando se encontram nus ficam perplexos.
Nós somos todos iguais.
Alguns falam demais
Outros
Escrevem demais.
Aqueles que muito falam, pouco ouvem
E os que muito escrevem, pouco leem.