Essa foto de time...
Nesta antiga foto eu estava com vinte e cinco anos certos, sou muito cronológico e acerto sem erros as datas da minha vida, pois sempre estão amarradas a fatos de alguma forma.
Sou assim para pessoas, fatos e lugares, a minha memória é boa, tenho um bom arquivo , e bem organizado na cabeça, sem falsa modéstia.
Nesta foto eu sou o primeiro de pé , da direita para a esquerda, e recusei a medalha porque havia me ausentado de algumas partidas, e quando soube que haviam algumas críticas, devolvi a medalha. Eu sou assim, sempre fui, ninguém sabia dos meus motivos, só eu, e não os disse, não importava a ninguém.
Já estava casado, tinha as duas meninas, e chegar até o local das partidas aos domingos de manhã, era uma odisseia de quatro conduções, sem exagero, e nem sempre era possível chegar. Jogava bem, tanto assim que o time vencia, e eu era um atacante insinuante, marcava gols.
Tenho um orgulho desses que mata, não engulo coisa alguma, se me sentir incomodado, não tem acordo. "Que enfiem a medalha no rabo...!", a minha família valia dez vezes mais, só eu sabia da minha vida e do meu sacrifício.
Esse goleiro que está ao meu lado é o Luís, e a vida é engraçada, ele foi o que não quis me entregar a medalha, pois era o capitão da equipe, se achava dono da verdade. Como disse , a vida é engraçada, anos depois a esposa dele, sem saber, passou a ter contatos financeiros comigo, e trabalhamos em alguns processos da Ford, com uma boa amizade, e um dia lhe disse; " Teresinha, entregue esta foto ao Luís, da minha parte ", e ela me olhou surpresa, e me disse; " è você nesta foto...".
Dias depois, ela me disse que ele havia ficado surpreso, e mandava um forte abraço, e que claro, agradeci, sem comentários. Soube anos mais tarde, que haviam se separados, e ele já estava no quarto casamento...eu continuo sem a minha medalha, mas no primeiro e único !
Às vezes ,já passados dez anos ou mais precisando retornar a algum lugar, mesmo que longe, acerto sem erros, nem preciso consultar o mapa. Acerto os nomes das pessoas, e as reconheço depois de uma vida percorrida, tenho uma lembrança de fatos e até diálogos da infância muito fortes , e sei que isso tudo é herança de mãe.
Sou muito observador, estou sempre fotografando com os olhos e gravando com a mente, é intuitivo, e talvez seja isso ?!
De qualquer forma sempre colocarei a família em primeiro lugar, que me desculpem o palavreado , mas " as medalhas que vão para os quintos dos infernos ", as que tenho guardadas não significam nada, só os momentos me importam.
Nesta antiga foto eu estava com vinte e cinco anos certos, sou muito cronológico e acerto sem erros as datas da minha vida, pois sempre estão amarradas a fatos de alguma forma.
Sou assim para pessoas, fatos e lugares, a minha memória é boa, tenho um bom arquivo , e bem organizado na cabeça, sem falsa modéstia.
Nesta foto eu sou o primeiro de pé , da direita para a esquerda, e recusei a medalha porque havia me ausentado de algumas partidas, e quando soube que haviam algumas críticas, devolvi a medalha. Eu sou assim, sempre fui, ninguém sabia dos meus motivos, só eu, e não os disse, não importava a ninguém.
Já estava casado, tinha as duas meninas, e chegar até o local das partidas aos domingos de manhã, era uma odisseia de quatro conduções, sem exagero, e nem sempre era possível chegar. Jogava bem, tanto assim que o time vencia, e eu era um atacante insinuante, marcava gols.
Tenho um orgulho desses que mata, não engulo coisa alguma, se me sentir incomodado, não tem acordo. "Que enfiem a medalha no rabo...!", a minha família valia dez vezes mais, só eu sabia da minha vida e do meu sacrifício.
Esse goleiro que está ao meu lado é o Luís, e a vida é engraçada, ele foi o que não quis me entregar a medalha, pois era o capitão da equipe, se achava dono da verdade. Como disse , a vida é engraçada, anos depois a esposa dele, sem saber, passou a ter contatos financeiros comigo, e trabalhamos em alguns processos da Ford, com uma boa amizade, e um dia lhe disse; " Teresinha, entregue esta foto ao Luís, da minha parte ", e ela me olhou surpresa, e me disse; " è você nesta foto...".
Dias depois, ela me disse que ele havia ficado surpreso, e mandava um forte abraço, e que claro, agradeci, sem comentários. Soube anos mais tarde, que haviam se separados, e ele já estava no quarto casamento...eu continuo sem a minha medalha, mas no primeiro e único !
Às vezes ,já passados dez anos ou mais precisando retornar a algum lugar, mesmo que longe, acerto sem erros, nem preciso consultar o mapa. Acerto os nomes das pessoas, e as reconheço depois de uma vida percorrida, tenho uma lembrança de fatos e até diálogos da infância muito fortes , e sei que isso tudo é herança de mãe.
Sou muito observador, estou sempre fotografando com os olhos e gravando com a mente, é intuitivo, e talvez seja isso ?!
De qualquer forma sempre colocarei a família em primeiro lugar, que me desculpem o palavreado , mas " as medalhas que vão para os quintos dos infernos ", as que tenho guardadas não significam nada, só os momentos me importam.