O MENINO E OS PEIXINHOS DA VALA

O MENINO E OS PEIXINHOS DA VALA

Poxa!

Que chuvada lá fora. Parece que Deus resolveu lavar a cidade de toda a sujeira que a sociedade produz... Hoje tá muito frio. Mas a chuva é linda, quando está banhando os telhados, tanto de ricos, quanto de pobres. Deus dá o mesmo direito para todos, de ter chuva e sol. Mas em alguns momentos tanta chuva trás transtornos, por falta de um planejamento urbano bem mais consolidado. Mas a chuva vai passando e deixando suas marcas, já conhecida de todos nós. E o sol vai dando lentamente o brilho de sua luz para aquecer toda a cidade.

Como é lindo o céu com suas nuvens pintadas pela mão de Deus, e o entardecer está de uma paz única. E as pessoas estão saindo nas ruas, mesmo ainda encharcada, pela água da chuva que passou, e os seus passos, vão sonorizando o seu caminhar. E o vento da tarde acalma a velocidade do dia, dando um novo sentido para as horas que passam.

Enquanto as pessoas passavam, com seus apressados olhares, sem se darem conta da figura de um menino, que observava os poucos peixinhos que viviam na vala, e não entendia como eles viviam ali, naquela água suja, depois da chuva. Mas, quando não chovia a água era aparentemente limpa, ele via melhor os peixinhos em seu aquário particular, em plena via pública, sem paredes de vidro. E aquele menino ficou por horas a fio, olhando todos os peixinhos, e se perguntava com tamanha admiração: como eles chegaram ate ali? Será que eles comem qualquer coisa? Hum! Será que Deus sabe que eles vivem ali? E o menino, no alto de sua inocência infantil, só queria saber de olhar os peixinhos na água suja da chuva com muita preocupação, por ele achar que eles não podiam estar bem, naquela água suja. Mas as horas foram passando e a mãe do menino o chamou, para ele sair da beira da vala e entrar para tomar banho. E o menino como um bom filho obediente, para afirmar o que está escrito nos mandamentos da lei de Deus “horará teu pai e tua mãe, para que se prolonguem teus dias sobre a terra”, e ele entrou em sua casa, e sorriu contente, compreendendo que amanhã ele voltará a ver os peixinhos da vala pela manhã, ao acordar. É que, na mente do menino, os peixinhos também iam dormir, assim como ele.

Mas na vida tem perguntas que ficam sem resposta, por não existir explicação, assim como Deus, onde não precisamos questionar seus mistérios. Pois ninguém consegue explicar Deus.

O menino e os peixinhos da vala, igual água e azeite que não se misturam. Mas coexistem na presença de Deus.

TERRA FIRME, 15-03-18.

IMMANUEL YESHUA D`SHALOM.

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 15/03/2018
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