As Bolsas

Hoje decidi arrumar meus armários. Tem vez que é preciso mas, a gente vai sempre adiando até que o final do ano chega e você pensa em fazer as doações que deveria ter feito ao longo dos meses e acabou não fazendo nada disso. Aí lembra da arrumação de gavetas e prateleiras... Fui retirando o que estava no maleiro e pude constatar a quantidade de bolsas que vinha acumulando, havia anos.

Bolsas de todos os tipos e cores, grandes e pequenas, para o dia a dia ou festas.

Indaguei a mim mesma o por que daquela fartura, se só saía com aquela que uso à tira-colo?

Esse tipo de bolsas são as minhas preferidas! Deixam as mãos livres, dificultam a ação dos larápios de plantão e, dependendo do tamanho, ainda carregam com elas um verdadeiro escritório, com livros, celulares, carregadores de bateria, escova de dentes, maquiagens, pentes, uma sacola extra para alguma emergência, óculos de grau, de sol... E, ainda uma bolsinha com remédios para dor de cabeça ou outras emergências. Uma enormidade de quinquilharias !!!

Tantas bolsas ali na cama, espalhadas e eu sem saber o que fazer. Como carrego comigo muitas coisas, pensei em ficar apenas com as maiores. Mas, ao mesmo tempo, pensei ... será que uso tudo o que carrego?

Remexi na bolsa do dia, que, diga-se de passagem, tem sido a de vários meses. Tirei alguns itens mas depois voltei com eles todos outra vez.

Olhei as bolsas esparramadas por longo tempo... separei por tamanho e por cor. Depois, lembrei da panela no fogo, juntei tudo novamente, coloquei no armário e saí rapidamente. Apaguei a luz e pensei... Meu apego é muito grande...

O arroz queimou de novo!

Cláudia Machado

15/3/18

Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 15/03/2018
Reeditado em 15/03/2018
Código do texto: T6280635
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