Esse é o Brasil que deu certo?
Estamos vivendo uma época em que tudo pode e está sendo questionado. Questiona-se o Congresso, o Senado, a Justiça, a Polícia, a Imprensa e para solução de todos os questionamentos surge a frase mágica: “Fora Temer!”.
Em 01 de maio de 2014, o jornal O Estado de São Paulo publicou um artigo de Roberto Macedo intitulado “Mais de 50 mi na 'folhona' de pagamentos da União”, onde ele chama atenção para alguns dados preocupantes. O primeiro é o do título da matéria, onde ele se refere aos quase 50 milhões de cidadãos incluídos da folha de pagamento de União, com perspectivas na época de chegar aos 60 milhões.
Outro dado alarmante é o de que com a carga tributária mais empréstimos, nosso governo como um todo tomava perto de 40% do produto interno bruto (PIB).
Alguns dirão que isso era necessário para manter o bem estar da população.
Pode ser, mas esse bem estar não pode vir na forma de uma lata de Red Bull, para não dizer outra coisa.
O Estado precisa investir em atividades que geram empregos e consequentemente renda duradoura para os cidadãos. Os tributos retiram recursos de quem produz para manter o funcionamento da “máquina pública”, que no nosso caso é um brontossauro. Por isso, eles têm que ser muito bem gastos. Quando há tendência de se usar os recursos públicos apenas para manter o “status quo” as atividades produtivas entram em declínio e a capacidade de gerar novos recursos diminui.
Não é preciso ser economista para saber disso.
Mas como toda opinião pode e geralmente é contestada, cito outro dado que mostra onde o Brasil se encontra na sua caminhada para o progresso.
Um dado do IBGE citado pela Agência Brasil em 15.12.2017 revela que 50 milhões de brasileiros vivem na pobreza. Então, 25,4% da população brasileira, têm renda familiar equivalente a R$ 387,07 ou US$ 5,5 por dia, que é valor adotado pelo Banco Mundial para definir se uma pessoa é pobre.
Para os que vêm o Estado como uma porca que pode simplesmente ficar deitada eternamente em berço esplêndido alimentando seus leitõezinhos, esses dados podem ser sugestão para se pensar (ou não).