Sorriso e leveza ou pessoas pesadas? O universo nas casas ou nas esquinas das ruas.

Sorriso e leveza ou Pessoas pesadas?

O universo nas casas ou nas esquinas das ruas.

Ter uma casa. Viver, morar numa casa. Ter um teto. Ter o aconchego do lar. Ter outras casas para ir visitar. Dizer: minha casa é a sua casa. Ouvir: minha casa é a sua casa.

Ter um canto para dormir. Ter outro canto para estudar. Ter um canto só para descansar. Ter outro canto só para namorar. Ter um canto só para cantar. Ter outro canto só para chorar. Ter outro canto só para se higienizar. Ter vários cantos para não deixar de ser gente. Ter vários cantos para não deixar de existir. Uma casa, um teto é um local sagrado. Mesmo que este seja bagunçado, desorganizado... É o nosso templo. É o seu, o meu, o nosso lugar no mundo, no universo.

A nossa energia passa a circular neste ambiente. Tudo que vivemos fica registrado em nossa memória, em fotografias, imagens, sons, vozes, nas paredes, no teto, no ar da casa.

Ah! E a nossa casa é o nosso mundo! É tão bom chegar em casa. É tão bom sair de casa. É tão bom ter uma casa! É muito bom viver numa casa. As circunstâncias aparentemente ou realmente podem ser as melhores ou não.

O que importa é que você, eu, nós, todo mundo tenhamos uma casa. Às vezes reclamamos muito da nossa casa. Às vezes colocamos defeito em tudo o que vemos e cometemos grandes erros de não valorizarmos o que temos.

Os ricos têm várias casas. A classe média na média têm no máximo duas casas. Os pobres sobrevivem muitas vezes sem teto, sem lar, sem casa para morar, sem alimento, sem comida, sem pão, café fresquinho, sem livros nas mãos, sem tv, sem rádio, sem internet, sem carro, sem fama, sem luxo, sem glória, sem arte, sem cultura, sem entretenimento, sem passado, sem presente, sem futuro. E neste caso é a cultura das esquinas nas ruas.

Saia de casa e não feche os olhos! Em cada esquina da sua rua, você enxergará um morador(a) de rua, um ou vários.

E eu, você, nós? Fazemos o quê com esta informação? Muitas, muitas vezes, fechamos os olhos. E nunca ou quase nunca nos colocamos no lugar deles.

É estranho o ser humano! Não vamos generalizar nenhuma conduta do nosso povo. Mas, pessoas ricas abrem as portas das suas casas para pessoas ricas ou de prestígio, poder, influência.

Pessoas de classe média abrem as portas das suas casas para amigos do mesmo nível cultural, econômico, cultural, social. Geralmente amigos que gostem, possam beber um vinho ou que tenham um papo leve, positivo, animado. Nada de cargas nem de peso!

Pessoas pobres. Ah! A pobreza. Na maioria dos casos afasta todas as pessoas ao redor. Estou dizendo a realidade. Não estou sendo pessimista, nem sensacionalista, nem em sonho desumana.

A pobreza quanto mais gritante for, mais afasta um ser humano do outro. Ser humano não suporta sofrimento. E só valoriza o que é belo, difícil, inacessível, é capaz de respeitar todas as regras do capitalismo (Compre,pague, coma, beba, vista, calce, leia, ouça, veja todas as promoções que enxergar para o seu mundo ser mais feliz!), regras do comércio, regras para ser "feliz".

Ser humano nunca está satisfeito com nada. E se fosse totalmente satisfeito? O que seria dos inventores e suas invenções? Verdade. Verdade que muitos inventores tiveram objetivos, causas nobres. Mas, que aos que obedecem as tais regras do capitalismo extremo vivem alterando os fins das inovações , invenções e descobertas fantásticas que poderiam ou deveriam contribuir para um mundo melhor, mas nesta zorra aqui chamada Terra existe um ditado muito realista: "Manda quem pode. Obedece quem tem juízo!"

E quem não obedece? É colocado à margem da sociedade, ou seja vira um marginal. Você acredita que as pessoas nascem ladras? Você acredita que as pessoas nascem más, maquiavélicas, estúpidas, cruéis? Você ainda acredita na humanidade? Sempre levo comigo estes questionamentos, dúvidas.

Será que somos maus o tempo todo? Será que somos bons o tempo todo? Será? Será que o nosso vazio um dia será totalmente preenchido? E o nosso imediatismo contemporâneo formará novos seres mais humanizados? Tá tudo muito estranho neste mundo.

Ninguém sorri mais para o outro! Nenhum sorriso se vê nas casas, nas ruas, becos, esquinas. O ambiente anda pesado. As pessoas estão criando filhos em ambientes pesados e sendo pesadas.

Pessoas são pesadas! Há pessoas que só sabem ser pesadas nas suas vidas e na vida dos outros. É aquela história da "insustentável leveza do ser." São estórias do cotiano: Sogra x nora, sogra x genro, irmão x irmã, marido x esposa, homem x mulher, vizinho x vizinho, guerras, guerras, guerras, guerras.

Ah! Eu odeio guerras. Faço de tudo para não entrar numa. Mas, não me queira ver numa guerra! Sou sobrevivente, vencedora de várias guerras!

"Não mexe comigo, eu não ando só..." e eu não ando só mesmo! Acredito ter uma proteção espiritual gigantesca e um dever gigantesco para com este mundo insano em que vivemos.

Agradeço à Deus tudo que eu tenho e o que eu não tenho também. Obrigada meu Deus! Não quero ver sangue, nem maldade nos meus olhos.

Quero que o meu sorriso e a minha leveza se espalhem por este mundo de Deus. Quero manter estas duas qualidades. Hoje e sempre! Amém.

Andréa Ermelin

12 de março de 2018.

Segunda-feira.

Às 5:30h da manhã.

Dia do Bibliotecário(a)!

Salvador-BA/Brasil

Andréa Ermelin de Mattos
Enviado por Andréa Ermelin de Mattos em 12/03/2018
Reeditado em 12/03/2018
Código do texto: T6277400
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