É TÃO FÁCIL SER MAL INTERPRETADA!
Mesmo quando dizemos ou escrevemos. Na escrita ainda pior. Como exemplo, quando escrevi que passei a reparar carros. Reparar modelos e não consertar. Não sei consertar nada. Não me dou bem nem com o corretivo. Sou aquela mulher que precisa do eletricista, do encanador, do técnico disto e daquilo. Preciso do pintor, do pedreiro e até do louco que se oferece para arrancar a grama da rua que invade minha calçada.
Quando falei de ferramentas, me referia a uma parafusadeira. E quando falo como os que saem do armário, é por gostar dos que saem do armário. Na verdade eu nunca estive nele. Estive mais é nos leitos dos rios, nas copas das árvores e nas escolas públicas.
Está bem gostoso o meu cappuccino. Gosto do jornal que recebo religiosamente em casa, mesmo não tendo tempo de lê-lo todos os dias. Não dá para ficar sem a folha. E que nome lindo deram para ele.
Engraçado que lembrei de uma amiga que faz anos não tenho notícias. Ela dizia que tinha três coisas que ela não ficava sem: mulher, carro e telefone. Isso no tempo em que telefone era telefone mesmo. Tempo em que eu ainda não sabia nem o que era ter uma bicicleta, imagine as outras coisas!!!
Mas como ela devia ter uns quinze anos a mais que eu, estava tudo certo. Ela era amiga mesmo era de uma menina da minha sala. Eu com meus olhinhos arregalados e inocentes enquanto se falavam de cigarrinhos e outras coisas. Coisas que eu estaria fora, pois minha mãe batia para valer!
Por sorte, passei toda minha vida longe disto. Nunca, nunca tive interesse. Depois de adulta, pessoas já perguntaram: - mas nem para experimentar?! Mas para que experimentar o que não temos o interesse em experimentar? Vou experimentar a por um fim neste texto. Done!!! Gostei do fim!