MULHER, MULHER, MULHER.

Mulher às vezes atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida

Mulher divina e graciosa estátua majestosa.

E dizem que a mulher é um sexo fraco, mentira absurda.

Ela capaz de passar fome e achar bonito não ter o que comer

Sobe o morro todo dia e pela mão leva uma criança.

La vai Maria.

Olha que coisa mais linda mais cheia de graça

É ela, a Carolina que não viu o tempo passou na janela.

E ninguém tinha amor tão pura igual a Emanuela

Nem a Marina bonita com o que Deus lhe deu.

A Tereza é da praia não é de ninguém

A Maria Helena, fonte de inspiração, é a verbena que murchou.

Mulher da voz doce e serena

Qualquer coração dispara por uma mulher pequena.

E a Laura tem um sorriso de criança e um rosa no cabelo

A Rita levou meu sorriso.

Já a Luciana nasceu da paz de um beija flor.

Mulher é um bicho esquisito

Todo mês sangra

E nesse corpo tão meigo e tão pequeno há uma espécie de veneno

Mulher que já viveu e já sofreu é a de trinta

A de quarenta é jovem bastante, mas não como antes.

Sabe o quer.

Aquilo que era mulher que saía da cama na ponta do pé.

Levava café.

Mulher brasileira em primeiro lugar

Mulata assanhada que tira o sossego da gente

Mulher fonte de mel, luz das acácias, beleza esperta.

Mulher...

Cubra-se com seu manto de amor

Me dê a mão, cuida do meu coração, cuida de mim.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 07/03/2018
Reeditado em 07/03/2018
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