Um Dogging e um Voyeur.
Morar em prédio tem dessas coisas, 20 horas e 47 minutos estava eu sentado no sofá com vistas para o Parque, não sou daqueles que me perco no todo da paisagem sem observar os mínimos detalhes da mesma, portanto hoje uma imagem peculiar me chamou à atenção.
Um homem estava parado junto ao rio debaixo de uma fina neblina, no momento pensei que estivesse urinando, mas devido a demora desconfiei, peguei o meu binóculo e vi que o homem estava era se masturbando normalmente como se estivesse tomando um copo d’água.
Para completar este filme pornô a céu aberto um outro homem para de frente para o que estava se masturbando e fica olhando aquele movimento frenético de vai e vem.
Tinha ali um Dogging que são aquelas pessoas que sentem prazer em fazer sexo em público e um Voyeur que são aquelas pessoas que gostam apenas de olhar.
Entre eles existia um sofrimento muito grande porque o Dogging queria ser tocado enquanto o Voyeur só queria observar.
É incrível como a mente humana é capaz de camuflar tantas fantasias sexuais sem delibera-las, mas uma nuvem de felicidade, prazer e perigo pairava sobre aquelas cabeças. Para o Dogging foi muito bom aparecer um Voyeur porque ele necessita de plateia para sobreviver, mas com a chuva e o frio quase ninguém sai de casa, enquanto o Voyeur só precisa mesmo de ver e ainda mais com o consentimento do outro ele estava se sentindo a vontade.
Ali o prazer gritava em silêncio, o Voyeur se tocava e se apalpava todo, o Dogging em movimentos se contorce, olha para o céu talvez em busca de mais plateia, olha para um lado e para outro, continua com sua intensa masturbação, estavam a menos de um metro de distancia um do outro.
O único alvo do Dogging era o Voyeur, que foi olhado fixamente por ele e neste momento o produto daquela masturbação resolveu sair, notei que o Voyeur passou um lenço em seu braço virou de costas e saiu.
O Dogging satisfeito, saiu no sentido oposto e foram se distanciando um do outro sem olhar para trás talvez com medo de virarem estátuas de sal.
Como eles eram descartáveis e insignificantes um para outro (...)
#vsnocotidiano