NA FAZENDA BENDEGÓ DA PEDRA
A Equipe em busca de reconhecimento sobre o local da queda do Meteorito de Bendegó, que é tanto estudado por cientistas desde 1810.
A nossa equipe era composta pelo pesquisador e poeta José de Jesus da sede de Monte Santo Bahia. E o motorista Erasmo Andrade Santos que fretou o seu Carro Pálio vermelho, e nessa viagem encontrava, o escritor Cristiano de Porto Alegre RS e conosco estava o filho de Erasmo, Mikael Oliveira Andrade.
Todos saíram de Monte Santo, passando dás 6 horas da manhã, de terça-feira, 30 de Janeiro de 2018, passava pela fazenda Coiqui, depois nos dirigimos pela estrada de Uauá, e passamos pelas fazendas Alto do Aió, trapagó, Foveiro pequeno povoado, tendo alguns Biongos.
Chegamos na Volta da Pedra e Acaru Grande na mesma fazenda e lá expliquei para Cristiano onde ficava a Casa Grande do Acaru, e logo após estivemos do lado Norte da Serra do Acaru. Aí retornamos aos Biongos do Acaru e em seguida essa equipe composta, por esses dirigiram-se pela estrada com ladeiras para saírem na Fazenda Baixas, em seguida de carro subia a ladeira e chegava ao povoado de Soledade. No percurso vimos a Serra do Acaru por outro anglo e do lado leste.
Cristiano, filmava e fotograva e viam outras cordilheiras de Serras e Vales e algumas Roças Cercadas com cercas de madeiras traçadas e contendo arames farpados. E o desmatamento era visto em qualquer parte do Sertão.
Atravessamos o Riacho das tocas, podia ser esse ou outro vindo de dentro de roças e entre Serras podia ver a da Laje de Dentro.
Mais não encontramos sinal, por onde passou o Carretão feito de madeira, que foi puxado pelo uma junta de 12 Bois, segundo Relatório da época. A tão histórica pedra do Bendegó, era levada do Bendegó em 1888, e o Carretão é amarrado na árvore do sopé da Serra do Acaru, aí derrubou à árvore.
Hoje só ver desmatamento e ainda pode ver caatinga e umas Serras próximas da Laje de Dentro, nos dias atuais encontram algumas casas residenciais.
Depois chegávamos ao povoado de Desterro de “D. Albertina”, e passamos pelas fazendas Pau de madeira, Terra Nova, lá fomos informados, retornamos a fazenda Paredão e fazenda Bendegó local do achado da Pedra do Bendegó.
Paramos de carro no terreiro de uma casa e pedi ajuda o Roniel que nos levaram até o local da Cratera, que fica do lado de uma Estrada de terra e nessa estrada passam carros, motos e visitantes mais distantes.
A caatinga estava com pau de rato verde e parte ficando cinza e vimos Xiquexiques secos e as faveleiras com as suas folhas espinhentas e verdes.
Todos dessa Equipe dirigiam-se até o Rio Bendegó, que no dia 30 de Janeiro de 2018, estava seco e com grandes Caraibeiras e muitas pedras a mostra e areia, por onde andamos. E Cristiano filmava e também fotograva com o seu Celular digital.
Nos retornamos o local da Cratera, deixada pelo Meteorito do Bendegó que caiu em 1784, e achado pelo Joaquim da Mota Botelho, nessa mesma fazenda.
Todos nós pousávamos pra fotos e filmagens, eu José de Jesus, que chegou a entrevistar Cristiano, e Erasmo filmava e Mikael fotografou-me com a minha Câmara digital. Entre esses registros, achei alguns fragmentos da pedra do Bendegó e trazemos para Monte Santo Ba, onde doei ao Museu do Sertão.
A história ficou perdida no Bendegó, não tem guia experiente mais e nem o local do Marco que segundo o Relatório ter sido destruído por moradores locais num período de seca. Isto é, houvem várias, destacando-se a de 1898, 1899 e a de 1915 que assolou o nosso Sertão Nordestino.
A fazenda Bendegó da Pedra, como é conhecida hoje encontra entre a divisão do Rio Bendegó do lado de cá, fica o município de Uauá Ba, que invadiu o nosso município de Monte Santo Ba que na época a fazenda Bendegó era de Monte Santo, os registros em documentos e impressões constam como sendo de Monte Santo, não de Uauá e do lado Leste pertence o Município de Canudos Bahia.
Tem alguns estudiosos e até poetas fazendo abaixo assinado a favor do retorno da Pedra do Bendegó, isto é, a mesma encontra-se em Museu da Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, para a pedra vim para o município de Uauá ou município de Canudos.
O município de Monte Santo, teve a sua área roubada e essa pedra do Bendegó, foi doada por político para o Instituto de Geografia do Rio de Janeiro “ em 07 de Setembro de 1888”, em 07 de Setembro de 2018, quando vai completar 130 anos, sem a Pedra do Bendegó no Sertão.
A área da fazenda Bendegó em 2018, serve de fundo de pasto, os moradores criam caprinos soltos pela caatinga encontram cactos como Mandacarus e Xiquexiques, Palmatórias entre outros espinhos de Favelas e Roças próximas desmatadas, falta consciência ao homem agricultor que desmata matando a flora para plantar campi no local.
A Seca estava atuante e vimos Represas e Tanques secos sem água, os sertanejos sentem dificuldades. E os rebanhos de caprinos estavam sadios e pastando dentro da caatinga do Semiárido do Sertão de Uauá e de Canudos.
O local da queda da pedra do Bendegó é visitado por Escritores e pesquisadores. Mais continua até o momento, sem uma Placa indicando que ali é o lugar. Os moradores locais desconhecem o valor histórico da Cratera o (Buraco), no solo de Massapê.
Os Umbuzeiros tinham Umbus e uma trilha saindo da cratera até o Rio Bendegó que divide a fazenda do mesmo nome, ao município de Canudos.
Por isso no Relatório feito pela equipe de engenheiros que transportaram a Pedra do Bendegó, o chamado Meteorito de Bendegó. O Instituto de Geografia do Rio de Janeiro, em Maio de 1888, levaram 4 meses para a Pedra chegar a fazenda Jacurici, prepara toda essa Expedição e ofereceram aos Bendegosens dinheiro mais não foi aceito pelos moradores como pagamento.
Mais nesses moradores ficava a ilusão que a Pedra tinha ouro, e aí criou-se o constrangimento entre ambos, perderam esse patrimônio que por mais de 100 anos ficou lá de 1784 a 1888, quem são os herdeiros da Pedra do Bendegó!
A equipe integrada por José de Jesus, o cordelista e o Motorista Erasmo Andrade o seu filho Mikael e o escritor Cristiano, Gaucho chegaram as 8h 32, da manhã de Terça-Feira, 30/01/2018, no local da Pedra do Bendegó.
Seguem os nomes dos Engenheiros “o trabalho da remoção teve início em 07 de Setembro de 1887, com supervisão direta do Tenente José Carlos de Carvalho e dos engenheiros Vicente José de Carvalho Filho e Humberto Saraiva Antunes”.