O PORTO DE LUÍS CORREIA

Escrevo faz tempo no portal www.recantodasletras.com.br, por indicação do acadêmico, escritor, professor Francisco Iweltman Vasconcelos Mendes, que nos deixou precocemente. Tenho 314 textos publicados e até o presente momento tive 85736 leituras. Dia desses encontrei um texto de minha autoria nesse espaço datado de 05.05.2012 que fazia referência ao tempo que Parnaíba, a segunda cidade do Piauí, era porta de entrada e saída de vários produtos através do Porto das Barcas e Porto de Amarração/ Luís Correia. Exportava o pó e a palha de carnaúba, coco babaçu, óleo de pequi, folha de jaborandi, fibra de agave, castanha de caju dentre muitos outros produtos por via navegável.

Ainda nessa matéria abordei em relação ao episódio ocorrido 1909 com o navio “Occidente”, pertencente a Companhia de Navegação do Maranhão, que ficou encalhado por vários dias, levando sua perda total, motivo para se constatar a inadequação da Barra de Amarração como porto comercial. Isso representava uma grande perda para a economia da região e a partir dai foram incessantes as lutas de autoridades, políticos, educadores, estudantes, para a construção do Porto de Amarração/ Luís Correia.

1930 – Havia grande preocupação com o assoreamento e a estagnação do Porto de Amarração.

1950 – O Presidente Getúlio Vargas visitou o Piauí e comprometeu-se com a construção do Porto de Amarração.

1976 – Período da ditadura militar, o governador do estado do Piauí, Dirceu Arcoverde investiu valor correspondendo aos dias de hoje de seiscentos milhões nessa obra incluindo a construção de cinco quilômetros de paredão avançando para o mar que deveria servir de abrigo para aos navios. Em 1986 tudo foi paralisado.

2006 – A visita do Presidente Luís Inácio Lula da Silva ao Piauí acendeu novas esperanças com a promessa da construção do Porto.

2008 – Foi sugerida a inclusão do porto no Programa de Aceleramento do Crescimento do Governo Federal – PAC

2009 – A obra do Porto de Luís Correia foi inclusa no PAC

2010 – Previsões para a conclusão do Porto em 2010.

2014 – O Governo Federal repassou ao estado dezesseis milhões para ser investido no Porto e o avanço somente foi a construção do cais.

A construção do Porto de Luís Correia é muito importante para o crescimento do Estado inclusive para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que está instalada em Parnaíba e em pleno funcionamento.

Mas, assim se passaram muitos anos e tudo continua quase do mesmo jeito. O Piauí continua sendo o único estado do nordeste que não possui um porto. Para nossa alegria, surge mais uma luz no fundo do túnel.

2018 – A Federação do Comércio do Estado do Piauí – FECOMERCIO deseja aproveitar a estrutura do sonhado Porto de Luís Correia para viabilizar espaço para pequenas embarcações. Dr. Valdeci Cavalcanti, Presidente dessa Federação, está empenhado em fazer a Marina e o Porto de Luís Correio para ancorar navios de pequeno e médio porte. Esse projeto está nos moldes do modelo de 1976 defendido por Reis Velloso e Alberto Silva. Em palestras proferidas informou que em 1920 Parnaíba tinha 40 companhias de navegação. Atualmente seis a sete mil embarcações ligam Fortaleza a São Luís e não passam em Luís Correia que seria um local estratégico por falta de condições. A FECOMÉRCIO tem propósito de fazer a Marina e o Porto afirma o Presidente da Federação do Comércio do Piauí, Dr. Valdeci Cavalcante.

MAIS UMA ESPERANÇA!