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Com a chegada de imigrantes portugueses nessa região, no século XVIII, a procura de ouro, o Arraial de São Luiz foi edificado no topo da Serra, pelas mãos dos escravos, cerca de quarenta mil, trazidos por esses desbravadores. Em 1734, o Arraial foi fundado por Antônio Ferraz de Araújo. Quando, em 1770, o ouro do lugar já não atendia mais a demanda, os moradores desceram a serra, vindo formar um novo Arraial chamado de Natividade, nome dado graças à devoção dos moradores por Nossa Senhora de Natividade. Obras arquitetônicas foram edificadas, como a Igreja de Nossa Senhora de Natividade, Igreja de São Benedito, Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (Igreja de Pedra) e diversas residências, feitas de blocos de barro e pedras, que hoje compõem o Centro Histórico de Natividade. E em 26 de agosto de 1833 foi concedido o titulo de vila. Rodeada por belas serras, composta por deslumbrantes obras arquitetônicas, banhada pelo Rio Manoel Alves e por diversas piscinas naturais encontradas em pontos variados das serras, Natividade passa a ser cidade em 01 de junho de 1891. Tendo como maior riqueza, o povo, com muita simplicidade, donos de uma culinária única, que contam suas histórias, causos e lendas nas portas das casas, grandes artesãos que produzem relíquias em ouro e prata, os nativitanos estão sempre prontos para receber todas as pessoas que se interessam em conhecer a mais antiga e bela cidade do estado do Tocantins.
Cidade da família do nosso amigo e ex-Deputado, Uiatan Cavalcante (in memorian).
Quando trabalhei na região, em 1985, como Agente Arrecadador, nas cidades de Almas e Conceição do Norte, já existia exploração de ouro, naqueles municípios.
O ouro em pó, era extraído dos rios e o ouro em pepita, era extraído de cascalho. Na época, teve vários assassinatos, nos garimpos, no período da exploração do ouro.
Quando eu ia para Goiânia, Capital de Goiás, às vezes passava por Natividade.
Certa vez, chovia muito e o Rio Tocantins, encheu a caixa e espalhou suas águas, cobrindo todas as pontes e estradas, que passávamos. Então, quando eu estava vindo para Almas, próximo a Natividade, tivemos que dormir uma noite na estrada, dentro de um Ônibus.
Mesmo naquele momento difícil para todos, eu estava feliz, sentado ao lado de uma linda menina e acabamos dormindo juntos, nas poltronas.
Mas o momento era de tensão, medo e preocupação, para todos, pois a chuva não parava e a água ia só subindo. Com isso, o motorista fechou a porta, para que a água não entrasse dentro do Ônibus.
Amanheceu, a chuva parou e a água baixou, então seguimos viagem.
Graças a Deus.
Depois daquela viagem, eu nunca mais vi aquela garota, da cidade de Silvanópolis.
Saudades daquele tempo difícil, mas eu me adaptei bem naquela região.
Jaime Teodoro
Enviado por Jaime Teodoro em 21/02/2018
Reeditado em 04/04/2019
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