O Ribeirão Caiapó, nasce no município de Palmelo, corre pelo município de Pires do Rio e deságua no Rio Corumbá, no estado de Goiás.
O Caiapó, já foi um Ribeirão, com um grande volume de peixes, como: piaus, pacus, mandis, piabas e outros.
Na década de 70, eu, meu pai, pescávamos muito ali, do leito até a barra com o Rio Corumbá.
Pescávamos, sempre com vara de bambu jardim, mas, as vezes fazíamos um arrastão, com redes, para capturar os peixes, mas os mais espertos, sempre pulavam a rede.
Minha mãe, tinha um pedaço de terras, na beira do Ribeirão, herdada de minha avó. Lá, não tinha Sede, mas a gente acampava, em rancho, batendo pasto e cuidando do gado.
A terra, era cheia de pedreiras, onde escondiam cobras, escorpiões e caranguejos enormes. Todo cuidado era pouco, com os animais peçonhentos.
Nas folgas, a gente pescava, fritava os peixes na beira do Ribeirão, em uma frigideira e o que sobrava, a gente salgava e levava para casa. Tinha um poço, chamado: poço do pacu, que tinha uma figueira no barranco, cheia de frutinhas, caindo e os peixes se alimentando.
Lembro das pessoas que mais pescavam comigo, que era o meu pai, João Teodoro de Resende (in memorian), o João Vila Nova (in memorian), o Carijó (in memorian), o seu Inácio de Palmelo (in memorian), o Tio Augustinho (in memorian), o seu França (in memorian), o meu padrinho João Silva (in memorian) e outros.
Mas por volta de 1979, houve uma grande matança de peixes, entre Palmelo e a Ponte de acesso ao Patrimônio do Maratá.
Eu estava, com meu tio Juca (in memorian), passando alí na ponte, quando vimos milhares de peixes boiando e seguindo para o Rio Corumbá.
Acredito, que foi as primeiras aplicações de Venenos, nas lavouras próximas ao Ribeirão, pois, se fosse Bomba, só mataria os peixes onde ela explode.
Os peixes boiaram e passaram debaixo da ponte, dias e noites.
Fiquei muito triste, por essa tragédia ambiental.
Na época, ninguém investigou ou tomou providências.
MAS: TUDO QUE VOCÊ DESTROI, UM DIA VOLTA PARA VOCÊ.