O muro que nos separa da felicidade

Desde que Delfim Netto, ministro da Fazenda no Governo Militar de março de 1967 até março de 1974, declarou que “primeiro o bolo precisava crescer para depois ser dividido”, iniciou-se uma ingerência do Estado na rotina da Sociedade Brasileira que só foi se acentuando com o passar dos anos.

Essa intromissão atingiu seu ápice na administração Lula/Dilma. Nesse período, por motivação ideológica, a interferência não foi apenas na economia, mas afetou também o modo de pensar e agir de parte da população.

Mas restringindo essa crítica ao aspecto econômico, o governo atual não fez nada até agora para mudar esse cenário perverso e não há nada que indique que vai ser feito.

Muitos acreditam que a análise de uma administração pode ser feita apenas com base nas providências voltadas para o “social”. Porém a gerência de um país, principalmente com as características do Brasil, é muito complexa e vai muito, muito além do assistencialismo.

Nenhum governo acerta o tempo todo e nem é completamente errado, mas no caso do Brasil, todos os governos pós ditadura cometeram o erro da excessiva ingerência do Estado na economia.

Ninguém melhor que o dono para administrar seu dinheiro e não há estabilidade numa economia sem a valorização do trabalho. E esse não pode ser punido com excesso de tributação.

O trabalho vem antes do trabalhador, porque senão se cria a noção de que um trabalhador de baixo rendimento deve ter a mesma remuneração de outro muito eficiente.

E o Estado Brasileiro pode ser comparado com um trabalhador de baixíssimo rendimento que recebe remuneração de funcionário do poder Legislativo ou Judiciário.

A Venezuela é o exemplo mais recente e gritante de uma forma destrutiva de governar, onde o Estado atingiu o nível mais alto de controle sobre a vida do povo, desorganizando todas as atividades do país.

No nosso caso, por mais que os políticos e os partidos insistam no “eu fiz isso, eu fiz aquilo”, o mal maior não está sendo combatido e nem vai ser, porque é histórico e sedimentado.

O Estado Brasileiro é o muro que nos separa da felicidade e os políticos são os sentinelas armados desse muro.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 20/02/2018
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