Infinitamente Humano...
As areias da vida mudam de lugar,
Nos vendavais pacíficos de um sonho eterno,
A cada sopro uma grinalda áspera e peneirada pelo caminho incerto,
Seu vulto partindo,
Tentei chamá-la...
Mas minha voz era o vento ao meu redor,
Somente o sol aquecia sem importar-se com meu frio interno,
Meus pés descalços, naquela areia macia como veludo.
Disfarçava a minha saudade de você.
Pensava e assim o tempo se fez meus pensamentos,
Falava sozinho e assim as palavras se faziam lugares à minha frente,
Pensei e falei teu nome, mas cada palavra e pensamento nos distanciavam ainda mais,
Calei e não senti mais você, para que se aproximasse de mim,
E assim você se fez lembrança, e em mim ficou você por todos os meus dias,
Caminhava naquele dia quente e iluminado entre pequenos arbustos verdes,
Os sentimentos se confundiam com tristeza e alegria, um soro...
Uma saudade doce e uma salobra nos lábios, sede de amar,
As duvidas não eram do amor, mas a liberdade de senti-lo,
Você é livre agora para aceitar o amor do seu tempo.
Mas será que o tempo trará um amor assim.
O amor estava em suas mãos e você não soube o que fazer com ele,
E este amor foi escorregando entre os dedos não tendo mais em suas mãos.
Abrindo meus braços e adorando os ventos que cobriam meu corpo com seu odor,
Um odor presente...
Um perfume carente...
Uma essência única.
O final do amor para o ser humano finito...
Descrente de uma unidade sem medida, sem economia...
O amor é a essência de DEUS, e como ele nunca acaba apenas se transforma, em lugares,
Em sabores diferentes para o paladar do coração, da consciência, adocicou as pegadas...
E a razão se fez em unções de paz interior, na calma forçada na impotência de aceitar.
O que não se pode modificar...
Aceitar...
Apenas se aceitar...
E sentir-se outro caminho...
Mas neste senti não estar sozinho, pois algo me direciona e move minha roda do tempo.
Para um caminho diferente, como se alguém me mostrasse através de um sonho o amor sendo o ponto inicial de todo...
Pertenço agora a mim...
Sou o universo em composição e infinitamente humano...
Quando entrar neste outro caminho
Sinto o amor sem unidade de medida
E o perdão como portal para as enfermidades humanas...
Uma escolha me trará a verdadeira felicidade...
E talvez encontre a felicidade
Pois da escolha será meu verbo para sempre