A FOME E A CORRUPÇÃO PARTIDÁRIA.

Oitocentos e quarenta e dois milhões no mundo passam fome. Quase um bilhão da população mundial passa fome, uma calamidade e vergonha para quem não passa essa necessidade extrema. Guerras se fazem, mas nenhuma pela proteína que mostra crianças descarnadas e visíveis seus ossos.

Treze milhões e seiscentos mil (13.6 milhões) brasileiros passam fome, uma vergonha, e ainda há coragem de em arroubos pontificarem, o verbo é esse, pontificar melhoras, quando rios de dinheiro são desviados por tranquila, impune e avassaladora corrupção que cresce em progressão geométrica movida pelas “forças” do mal partidárias, desde as malditas emendas parlamentares, aos contingenciamentos sem destino devido, ao abandono de bens licitados superfaturados, e as trocas vomitadas pela manutenção do poder.

Que existam melhoras, pois não é possível deixar de dar um passo em frente com as riquezas brasileiras e distribuir misérias diante do volume de recursos desviados. Está aí a Polícia Federal a buscar e apreender carros de luxo, usinas de dinheiro, decretar a justiça bloqueio de patrimônios dos fraudadores onde consciência e nada são a mesma coisa. E o dinheiro subtraído continua nos cofres dos usurpadores. Multas milionárias condenatórias são pagas em espécie, milhões, e com um “bracelete” de rico os “condenados” vivem dentro de seus “resorts” em monumental conforto.

Estão presos....Presos? Mas a “colaboração premiada” é o único meio de quebrar a espinha dorsal, ao menos, das quadrilhas formatadas no público/privado, quadrilhas malditas ainda defendidas por energúmenos por um dos lados dos ideólogos de “ocasião”, e pelo outro também, ideias que nenhuma descarga eficiente faz descer do vaso podre e pobre de neurônio não extirpada na totalidade da americalatrina.

E continuam esperneando e reclamando os embotados, a cantilena de sempre, e querem continuar roubando, aqui o fla x flu conhecido, mortadelas, antes no poder, aliados aos coxinhas, agora na cadeira segundo os anteriores obtida por “golpe”. Ambos comendo iguarias de “furingos”, como seus interiores de claríssimos limites, exegetas de “coisa nenhuma”. Deviam todos se exilarem na ilha da fome, de “castigo”. É tudo uma coisa só, a partilha somente que dá briga. Continua dando.

E todos são prestigiados, uns por outros nessa tribo de desfaçatez que se chama corrupção e cujo símbolo é o dinheiro indevido.

Assisti entrevista de um ser diferenciado, um rabino de grande envergadura e sabedoria, tradutor do talmude e segundo homem conhecedor de línguas em todas as vertentes antigas, do aramaico ao hebreu e tantas outras. Disse em certo momento, perguntado, que esperam as pessoas que alguém possa trazer verdades, vaticinar, predizer algo como salvacionista, não podem, afirmou: se você me perguntar o que vai acontecer com a humanidade vou dizer, não sei, e se me perguntar o que vai acontecer dois dias após vou dizer não sei.

E muitos se acham salvacionistas, apregoam, como no Brasil, e dizem que fazem isso e aquilo, com milhões passando fome, quando outros têm suas consciências compradas com misérias, poucas moedas na vendinha, e continuam a defesa de ladrões, outros com ideias lacradas como idiotas, superadas, mas que ferem a dignidade, a liberdade e própria fome não saciada.

Lucrécio, poeta romano, já naquela remota época dizia que enquanto um homem passar fome os outros deviam envergonha-se, creio que o mundo está com vergonha.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/02/2018
Reeditado em 27/02/2018
Código do texto: T6255144
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