SÓ PARA DEPOIS DO CARNAVAL
Pois é pessoal e mais um carnaval acabou. Inicia-se, como muitos dizem, mais um ano.
Durante muitos séculos da história da humanidade março era o primeiro mês do ano que então contava apenas com dez meses, por isso os últimos meses derivados do latim octo, nouen e decem, respectivamente oito, outubro, nove, novembro e finalizando, dez, dezembro. Numa Pompílio, assim mesmo Numa Pompílio, imperador romano, que reinou no século sete antes de Cristo achou por bem acrescentar mais dois meses ao calendário, janeiro, em homenagem a Janos Deus dos inícios e fevereiro em homenagem a outro deus, Fébruo.
No Brasil mantivemos esta tradição, mesmo que não de forma oficial, mas só começamos realmente, mas realmente o novo ano a partir de março, mais precisamente após o carnaval.
E não adianta negar, nada fazemos com firmeza e uma pitada de afinco antes das festas de Momo, falta-nos consistência. Até a quarta-feira de cinzas estamos em dormência, em ponto morto, como se após o carnaval nossos planos o projetos teriam que ser todos refeitos por perderem a validade.
Nossas promessas de final de ano, acabam por ganhar um prazo, pois nosso subconsciente, que é vadio pra caramba, em conjunto com o consciente coletivo de toda a população, vadios também, nos dizem que nada que colocarmos em prática antes do carnaval funciona. E ponto final.
Enfim, não levamos a sério aquilo que planejamos antes de março.
É a pausa ilusória, que fazemos com a consciência tranquila, quase como uma norma, seguindo o provérbio que diz para não fazermos amanhã o que poderemos fazer, com certeza, depois de amanhã. No caso em questão, março.
Este texto, confirma o que eu tô falando. Comecei a escrevê-lo já faz a algum tempo, mas logo parava. Escrevia um parágrafo e apagava, não rendia. Não entendia o que estava acontecendo entre os começos e recomeços. Faltava-me consistência, talvez firmeza, uma pitada de afinco. Deixei para terminá-lo agora, depois do carnaval.
Rapaz . . . Pois não é que funcionou!