Quadrinhos
Há alguns anos trabalhei em uma padaria cujo dono assinava um jornal famoso da região. Após o expediente, que era noturno, sentava-me com o companheiro de trabalho para ler as páginas do dito jornal. Dentre as tantas matérias a serem lidas, a que mais me deliciava eram as histórias em quadrinhos.
Na época, havia naquele jornal uma tirinha cujo título era “Esperança Futebol Clube”. Nesta tirinha, se contava a cada dia uma história do famigerado time, cujas vitórias nos campos de futebol eram um sonho quase inatingível a ser alcançado.
Porém, dentre as centenas ou talvez milhares de quadrinhos em que li na época, apenas um é o que guardo dentro da memória, que jamais me esqueci. E justamente do “Esperança Futebol Clube”.
Dizia-se, no quadrinho em questão, que o técnico do Esperança Futebol Clube era, de fato, um técnico que empurrava o time. E no quadrinho seguinte, o técnico, dando um pontapé em seu subordinado e dizendo: - Cretino, vai lá fazer o que eu mandei.
Não sei o porquê nunca me esqueci deste quadrinho. Talvez seja porque a vida também nos dê alguns pontapés, sem os quais não tomaríamos certas decisões que só ela nos propõe. E nos campos, os jogadores são, a todo o momento, instigados a chutarem para o gol. Muitos chutes são para fora, é bem verdade, e outros os goleiros defendem. Mas outros não têm jeito, é rede. Goleiro nenhum defende.
Por isso, o negócio mesmo é chutar, porque, sem dúvida alguma, uma hora acertamos o chute, estufamos as redes da vida e só nos restará então a alegria da nossa comemoração.
Há alguns anos trabalhei em uma padaria cujo dono assinava um jornal famoso da região. Após o expediente, que era noturno, sentava-me com o companheiro de trabalho para ler as páginas do dito jornal. Dentre as tantas matérias a serem lidas, a que mais me deliciava eram as histórias em quadrinhos.
Na época, havia naquele jornal uma tirinha cujo título era “Esperança Futebol Clube”. Nesta tirinha, se contava a cada dia uma história do famigerado time, cujas vitórias nos campos de futebol eram um sonho quase inatingível a ser alcançado.
Porém, dentre as centenas ou talvez milhares de quadrinhos em que li na época, apenas um é o que guardo dentro da memória, que jamais me esqueci. E justamente do “Esperança Futebol Clube”.
Dizia-se, no quadrinho em questão, que o técnico do Esperança Futebol Clube era, de fato, um técnico que empurrava o time. E no quadrinho seguinte, o técnico, dando um pontapé em seu subordinado e dizendo: - Cretino, vai lá fazer o que eu mandei.
Não sei o porquê nunca me esqueci deste quadrinho. Talvez seja porque a vida também nos dê alguns pontapés, sem os quais não tomaríamos certas decisões que só ela nos propõe. E nos campos, os jogadores são, a todo o momento, instigados a chutarem para o gol. Muitos chutes são para fora, é bem verdade, e outros os goleiros defendem. Mas outros não têm jeito, é rede. Goleiro nenhum defende.
Por isso, o negócio mesmo é chutar, porque, sem dúvida alguma, uma hora acertamos o chute, estufamos as redes da vida e só nos restará então a alegria da nossa comemoração.