Rio de Janeiro, de janeiro à janeiro se deteriorando
Na ladeira social, esgotos descem pelas escadas e um cheiro putrefacto de indiferença emana pelos subúrbios da vida, a desigualdade cravada na população esfomeada por melhoras, grita, o povo famigerado por solução, chora, estamos naufragados em oceanos de injustiças, batemos cabeça e apontamos o dedo para um lugar vazio, essa lacuna que deveria habitar a esperança, a cada estação aumenta mais, somos congênitos a pobreza, muitas das vezes morremos sem saber o que é o real significado da palavra prosperidade, nesse labirinto em que a saída some à nossa frente, sobeja apenas um dedo de perseverança, na qual, desaparece sempre que noticiam em nossas programações idiotas o estado débil do nosso Estado governado por ratos.
Um poça de sangue é a nova lagoa, a miséria é uma história ficcional, o roubo é derivado de imaginação, tudo isso e mais um pouco passa despercebido na fuça de pilantras que não sabem o que é ser um assalariado, que não fazem idéia do que é depender do SUS... Ficar em seus castelinhos é mole, quero ver descer do palco e colocar a mão na massa e fazer a real diferença que não vemos há tanto tempo...