UMA FOTO E REMINISCÊNCIAS... 19h17min.

Umas fotos às vezes trazem lembranças dos “arquivos” de nossa alma. Esta foto que está sendo enviada aos nossos prezados leitores (as), ao fazermos nossa participação, no fundo aparece uma biblioteca, entretanto, para o bem da verdade não é nossa, mas sim de um saudoso amigo que há oito anos passou para o lado de “lá” *

Não vamos nos ater a data, pois isto não é importante, mas sim o conteúdo de nossas singelas palavras. Agendamos com o amigo de décadas, - como aprendemos com ele! - uma entrevista, nos fazíamos as perguntas, o dileto amigo respondia, e elas estavam sendo filmadas pelo nosso genro Silvan. Como as perguntas e as resposta se alongavam, tivemos que fazer em duas idas a sua biblioteca, o professor estava sentado em mesa, e nós em cadeira, em que de fundo aparece o acervo de muitos livros...

O enfoque das perguntas era bem abrangente, porém, o destaque maior era sobre o elemento magnésio e os desafios para “implantar” a primeira indústria e única até hoje na America Latina.

Rememorava que em 1964, lera um artigo de cunho cientifico, que nosso continente precisaria ter uma indústria, que extraísse do mar este elemento, para fins industriais e farmacêuticos. Guardou em seu íntimo este desafio, foi um trabalho de muita persistência, que somente veio a se concretizar 15 anos depois, com os primeiros resultados de seu labor...

O local depois de muita pesquisa foi escolhido, Barra do Sul, município próximo de Joinville, naqueles longínquos anos, as estradas eram precárias, normalmente ia para lá quinta feira pela manhã, sempre acompanhada de sua esposa, também, sempre que possível um de seus filhos o acompanhava, na época estava fazendo o curso de engenheiro químico.

Se neste meio houvesse chuvas torrenciais, a precária estrada ficava quase que intransitável, mas havia uma “solução” para a volta, ir de barco até São Francisco do Sul, e tomar o trem que os deixaria em Curitiba...

Os vultos eméritos de nosso país, quase não destaque, porque não dizermos passam quase despercebidos. Sua casa era, podemos assim dizer, um verdadeiro “museu”, havia inúmeros diplomas na parede; quando ganhou o diploma de doutor, veio assinado, - pasme! – pelo presidente JK. Também havia um “diploma”, bem fora do comum, quando fez a sua primeira viagem internacional, recebeu um diploma da Panair do Brasil, (1930) empresa líder em viagens internacionais na época...

A filmagem feita por um amador teve um defeito técnico, e acabou se perdendo o seu valioso conteúdo da entrevista, ficando apenas indelevelmente algumas lembranças... *Professor Doutor Reinaldo Spitzner, faleceu aos 92 anos, 30 de janeiro de 2010, neste espaço temos vários textos em sua homenagem. 19h55min. Curitiba, 07 de fevereiro de 2018 – Reflexões do Cotidiano – Saul http://www.mensagensespiritas.xyz

http://www.recantodasletras.com.br/autores/walmorzimerman

Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 07/02/2018
Reeditado em 08/02/2018
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