"O ALIENISTA". MACHADO DE ASSIS E NÓS.
Quem seria o Dr. Simão Bacamarte, médico do “ Alienista” de Machado de Assis? Quem frequenta sua "Casa Verde", seu hospital de loucos?
De qual tribo desse fla x flu político fazemos ou não parte psiquiátrica? Quem foi engolido pela razão se razão há?
Querer o bem comum leva ao mal? Onde está o mal? Corrupção é o mal, mesmo que se locupletando se distribua esmola para o bem comum? Quem defende essa estrada merece censura? Defender corrupto é delito-tipo, "apologia do crime" como definido na Lei Penal, como também pregação de desobediência à decisão judicial, outro delito?
Qual de nós integra esse hospício por ele idealizado em que se transformou a sociedade toda, aqui e no mundo, todos querendo ter razão, em retórica interminável?
E quem tem razão se ninguém conseguiu nada além de rudimentos para a plenitude social?
O vereador Galvão, de Machado, um de seus personagens, (legisladores), que havia proposto na Câmara legislação impeditiva dos vereadores serem internados no Hospital de Bacamarte, continuam em seus folguedos arrepiantes com conduta de alucinação.
Essa “Itaguaí brasileira” é um heterogêneo hospital psiquiátrico onde se fica aguardando um voto em Tribunal Superior para um desagravo social, ou isto é tudo pura maluquice? Estão errados os que combatem o erro doloso?
Estamos todos na “Casa Verde” do bobo, tolo, boto Bacamarte, ou somos todos idiotas mesmo?
Bacamarte internou 75% da população, qual e onde está esse ¼ que sobra?
Serão os golpistas ou os golpeados, acumpliciados desde o começo, ou nós os alienados, assistentes desse indigesto engodo, bobo, tolo, manco, trôpego, enfastiado, insciente, cinzento, sem criatividade ou cor, sem som ou cinzel que esculpe boas ideias?
A Casa Verde não fica de portas abertas para não ser abarrotada. O imbecil em certos casos é maior que a imbecilidade. Não é um logaritmo complexo sua dificuldade, não percebe nem mesmo o que seja um algoritmo que segue um caminho sem erro como nos computadores, pior,computador que usa e desconhece o mínimo de seus princípios.
Muitas “Casas Verdes” necessitam abertura. Quem sabe um método junguiano calafete um pouco mais a válvula que deixa entrar sem filtros lógicos a erronia.
Se a maioria apresentava desvios de personalidade e não seguia um padrão, então louco era quem mantinha regularidade nas ações e possuía firmeza de caráter. Dr. Bacamarte ficou meio perdido e achou a certa altura que ele estava sim perdido.
Qualquer analogia com a apologia da incorreção é mera coincidência machadiana, lógico, para quem conhece a obra.