Quando a borboleta desperta...
Há algumas semanas, fiquei surpresa com o que encontrei no canto da porta da sala, uma lagarta escolheu este local para fixar seu casulo, o comum seria ela escolher o jardim.
Durante os dias seguintes passei a observá-lo, e imaginei as transformações que ocorriam no casulo, aparentemente imóvel, mas repleto de vida. E assim em uma tarde ao chegar em casa percebi que a borboleta despertara e iniciou sua nova vida, estava próxima à porta e ainda com asas molhadas. Foi lindo presenciar o momento e vê-la, tentando abrir as asas, feito um delicado leque.
A borboleta é considerada o símbolo da transformação, da felicidade, da beleza, da efemeridade e da renovação. A efemeridade deve-se ao curto período de vida, que pode de algumas semanas, variando de espécie para espécie, ou até nove meses, como acontece, por exemplo, com a borboleta Monarca (Danaus plexippus).
As borboletas inspiram poemas, pinturas e principalmente, em sua breve, mas colorida vida, deixam as flores mais vivas e lindas, elas parecem pequenas fadas alegres e irrequietas, belas de serem observadas e fotografadas.
Àquela que me referi no início do texto, ficou na garagem por um mais um dia e noite, e persistente arriscava-se a voar, ficava no varal de roupas, nos vasos de flores e quando caia no chão eu a colocava em um lugar seguro. E assim aos poucos, as asas secaram e na tarde seguinte, levei-a com cuidado, até o jardim e a coloquei num dos galhos do cedro. Ela permaneceu por alguns minutos, movendo as asas e ensaiando voar, depois decidida e feliz iniciou seu voo, sua aventura encantada ao encontro do céu azul, um lindo céu outonal...
Vanice Zimerman
1/06/2016