A SALA SEM COR.

Passando pelo corredor, veio à vontade de entrar na SALA SEM COR, logo senti falta da Deusa de Vênus que ali sentava na primeira cadeira, com suas mãos finas formadas por longos e meigos dedos que acariciavam a costa de um abraçado.

Do corpo de derme marmorizada, o corar suave de sua face realçada por lábios de desenho suave e amável como a voz que sai de seu coração trazendo mensagens CRIStalinas.

Seus olhos de CRIStais de onde transparece sentidos de paixões, que rapidamente seduzem os presentes, sempre que aqui entrava encontrava vidas e alegrias que eram ditadas pelos que aqui estavam e que vida tinham.

Hoje, entrei e vi duas cabeças, quatro móveis vazios e abandonados, com olhares frágeis em semblantes avermelhados e plangentes, por saudade em cada coração.

Claramente notava-se um rastro de debanda, debanda com muita pressa, deixando claro que algo havia acontecido naquela Sala Sem Cor. Os matizes que nela se realçavam, não mais estavam presentes, não havia mais as pessoas coloridas, os assuntos para debater ou para mera opinião, sem sorrisos nem gargalhadas, sem Roses, Cris e Rais.

A cor sepulcral realçava contabilmente cada vez mais, a palidez das paredes se confundia com a dos rostos presentes, realçando ainda mais a lembrança com muita saudade dos Corpos ausentes em distâncias diferentes, que ali se uniam novamente numa fotografia mental.

Sem notebook branco, sem bolsas abertas e repletas de quase tudo um pouco, sem doces e guloseimas infantis, sem sucos de frutas, sem café com leite condensado, sem calor humano, sem afeto, sem vocês.

Soma-se tudo isto na Sala Sem Cor. Pode-se ver e sentir uma BIG saudade.

Lembrada pela BIG amiga que aqui ficou.

Assim a SALA SEM COR.

Tornou-se um VÃO DE DOR.

SEM nem UM AMOR.

FICOU em cada coração UMA DOR.

Domingos Inácio.

DOMINGOS INÁCIO
Enviado por DOMINGOS INÁCIO em 29/01/2018
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