ALTO CAPARAÓ

Brisa suave!

Domingo lindo!

Nuvens bonitas no céu!

Barulho forte de cachoeiras!

Uma exuberante natureza que cerca aquela escorredeira do rio das andorinhas.

Muitas pedras de todos os tamanhos e em toda extensão da serra por onde descia o rio.

Rio caudaloso de águas transparentes, potável que descia por entre as sombras da floresta.

Depois de uma subida bem íngreme e longa, a garganta secou, as pernas bambearam, o suor desceu e as camisetas ficaram sem suas funções até onde paramos para descansar.

Uma cachoeira menor, de pedras amarelas.

Água fresquinha, colhida nas palmas das mãos.

Barriga cheia de água, agora sem a sede e o coração batendo forte e cansado.

Pássaros variados disputavam espaço para suas cantigas.

Exceto o sabiá laranjeira que sobressaia com suas melodias mata adentro.

O alarido das águas descendo por entre as pedras causando pequenas quedas nos relaxava.

Com cabeça molhada e encostada nas pedras com o forro das camisetas.

Pernas soltas sobre as lajes.

Pés dentro das águas cristalinas e geladas.

Dormimos!

Sono rápido, mas de uma eficácia duradoura.

Estávamos prontos para continuar a subida até o Alto Caparaó!

Minas é mesmo um mundo que cabe dentro do coração da gente.

Surpreende!

É isso aí!

Acácio Nunes